Café: Cotações do arábica recuam 80 pts nesta 3ª na Bolsa de Nova York em ajustes e com safra brasileira

Publicado em 24/07/2018 17:32

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Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta terça-feira (24) com queda próxima de 80 pontos depois de três sessões seguidas de alta. O mercado testou ajustes ante os últimos dias, renovou o otimismo com a safra brasileira e acabou ignorando a queda de mais de 1% do dólar ante o real.

O vencimento setembro/18 encerrou o dia com queda de 80 pontos, a 110,85 cents/lb e o dezembro/18 anotou 114,20 cents/lb e 85 pontos de recuo. Já o contrato março/18 registrou 117,80 cents/lb com 85 pontos de desvalorização e o maio/19, mais distante, fechou a sessão com 80 pontos de baixa, a 120,30 cents/lb.

"Após subir por três sessões consecutivas em função de cobertura de posições vendidas por parte de fundos, o mercado teve um dia de ajuste técnico", disse o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado. O contrato referência do mercado chegou a se aproximar de US$ 1,12 por libra-peso nesta segunda-feira.

Segundo reportam agências internacionais, o mercado do arábica na ICE ignorou no dia a força da moeda brasileira. O dólar comercial encerrou a sessão desta terça com queda de 1,06%, cotado a R$ 3,7431 na venda, menor patamar desde 18 de junho, acompanhando a cena externa. O câmbio impacta nas exportações do grão.

Do lado fundamental, no entanto, segue a pressão baixista com informações da safra 2018/19 do Brasil. "A qualidade do café está boa, surpreendente. Vamos recuperar vendas no exterior e aumentar no mercado interno", disse para a Reuters o diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), Nathan Herszkowicz.

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A colheita de café da safra 2018/19 dos cooperados da Cooxupé (Cooperativa dos Cafeicultores de Guaxupé) chegou a 55,73% até a última sexta-feira (20). De uma semana para outra, os trabalhos no campo avançaram pouco mais nove percentuais com condições climáticas favoráveis, mas ainda seguem atrasados em relação aos últimos anos.

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Mercado interno

O mercado brasileiro de café segue com negócios isolados em diversas praças e os preços exibiram curtas oscilações no dia. Segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP), os produtores seguem mais concentrados nos trabalhos de colheita, inibindo as negociações.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 490,00 e alta de 2,08%. Foi a maior variação no dia dentre as praças junto com Patrocínio (MG), onde a saca recuou 2,08%, para R$ 470,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca cotada a R$ 457,00 e alta de 0,44%. A maior oscilação no dia dentre as praças foi registrada em Varginha (MG) com queda de 1,14% e saca a R$ 435,00.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 451,00 e alta de 0,45%. A maior variação no dia ocorreu em Araguari (MG) com queda de 3,26% e saca cotada a R$ 445,00.

Na segunda-feira (23), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 437,73 e alta de 0,68%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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