Com boa perspectiva de produtividade e preços, produtores iniciam a colheita do milho safrinha em Sorriso (MT)

Publicado em 05/06/2018 10:48
Luimar Gemi - Presidente do Sindicato de Produtores Rurais Sorriso/MT
Problemas climáticos foram pontuais e rendimento médio das lavouras deve chegar a 110 scs/ha. Em todo o estado, área colhida se aproxima de 1%, segundo Imea. Saca é cotada ao redor de R$ 20,00 na região. Na soja, produtores adquirem os pacotes para a próxima safra e saca futura é cotada entre R$ 68,00 a R$ 69,00.

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Entrevista com Luimar Gemi - Presidente do Sindicato de Produtores Rurais Sorriso/MT sobre oInício da colheita do milho safrinha

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A colheita do milho safrinha iniciou no estado Mato Grosso, com boas expectativas de produtividade e referências que deixam margens aos produtores. Segundo o Instituo Mato-Grossense de Economia Aplicada (IMEA), até o momento apenas 1% da área cultivada com a cultura na região já foi colhido.

De acordo com o Presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Sorriso/MT, Luimar Gemi, a greve dos caminhoneiros impediu o inicio da colheita devido à falta de combustível nas máquinas agrícolas, mas os trabalhos já foram retomados nesta semana. “Muitos agricultores estão colhendo e vários comentários na cidade, pois o potencial de colheita é muito grande”, ressalta.

Na localidade, as temperaturas estão caindo nos últimos dias por conta das condições climáticas na região sul do país. A liderança ainda destaca que a região não tem incidência de chuvas no período de colheita do milho e acaba contribuindo para o andamento dos trabalhos de campo.

Por outro lado, o clima seco neste período aumenta o risco de incêndio nas lavouras de milho. “Então, nas horas de sol forte os agricultores têm que parar de colher para que não tenha esse problema na sua propriedade”, comenta.

Em relação à produtividade, a estimativa é que o rendimento das lavouras fique próximo de 110 sacas do grão por hectare. “Nós acreditamos que o melhor milho é aquele que vamos colher daqui a 10 dias e que vai ser o nosso grão mais produtivo”, afirma.

Comercialização

Atualmente, as referências para o milho giram ao redor de R$ 20,00 a saca, que deixam boas margens aos produtores. A liderança saliente que, por conta da localização do município acaba dificultando a comercialização da safra, mas muitos produtores travaram os preços nesta safra.  

“No ano passado para que nós conseguíssemos vender as sacas, o governo teve que interferir no mercado e deu o prêmio para o nosso milho e vendemos a R$ 16,50 a saca. Já nesta temporada, nós tivemos oportunidades diferentes de fazer vendas futuras e resta cumprir esses contratos”, aponta.

Soja

No caso da soja, muitos produtores já estão fazendo a aquisição dos insumos para a safra de verão, em que os custos de produção vão ser mais elevados em função do câmbio. Porém, ainda há volumes de estoques com as oleaginosas nos armazéns e acaba atrapalhando para guardar a safrinha de milho.

“Sempre tem esse problema no início da colheita do milho e como tivemos dez dias de greve, a soja não foi embarcada. Então, tem armazéns que estão trabalhando para poder carregar os cereais que vão ser colhidos a partir de agora”, diz a liderança.

Na região, a saca futura da soja está cotada em torno de R$ 68,00 a R$ 69,00 para entregar no mês de janeiro/19. “Para quem já tem o custo da lavoura na mão e já adquiriu os produtos tem uma idéia se a próxima safra vai ser rentável e se pode travar os preços”, finaliza.

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Por:
Fernanda Custódio e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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