Milho tem ajuste técnico na CBOT e encerra 4ª feira com ligeiras quedas; clima na Argentina segue no radar
O pregão desta quarta-feira (31) foi de volatilidade aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). Após testar os dois lados da tabela, as principais posições da commodity fecharam o dia com leves quedas, de 0,25 pontos, próximos da estabilidade. O maio/18 era cotado a US$ 3,69 por bushel e o julho/18 a US$ 3,77 por bushel.
"Os comerciantes obtiveram lucros depois de um recente aumento no mercado de grãos e diante de uma previsão climática um pouco melhor para a Argentina, onde a seca já reduziu o potencial de produção para as culturas", reportou a Reuters internacional.
Para essa semana, as previsões climáticas ainda indicam a continuidade do clima mais seco nas principais regiões de produção do país. As temperaturas também deverão ficar acima da normalidade.
"Entretanto, para o início da semana que vem, são esperadas chuvas mais generalizadas e em bons volumes sobre boa parte das principais áreas produtoras do país. Não serão chuvas volumosas, mas suficientes para elevar os níveis de umidade do solo, garantindo boas condições ao desenvolvimento das lavouras", informou a Climatempo em nota.
Segundo informações do analista internacional, Michael Cordonnier, a semeadura do cereal está próxima de 92,4% da área esperada para essa temporada. "Quase todo o milho que ainda precisa ser cultivado é no norte da Argentina, que recebeu chuvas amplas nas últimas semanas. A situação do milho no país é difícil de resumir este ano porque o desenvolvimento da safra está desuniforme", explica.
Por outro lado, os sites internacionais ainda reforçam que o mercado tem encontrado suporte nas vendas diárias. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou a venda de 145 mil toneladas de milho para destinos desconhecidos nesta quarta-feira.
Essa é a terceira operação divulgada essa semana. Na última segunda-feira, o órgão informou a venda de 115 mil toneladas ao Egito e, na terça-feira, a venda de 132 mil toneladas do grão para a Espanha. Os volumes deverão ser entregues no ciclo 2017/18.
Mercado interno
A quarta-feira foi de ligeiras altas aos preços do milho praticados no mercado doméstico. De acordo com levantamento do economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, a saca do cereal subiu 3,70 em Brasília, com a saca a R$ 28,00. Em São Gabriel do Oeste (MS), o ganho foi de 2,38%, com a saca a R$ 21,50.
Em Panambi (RS), a alta foi de 2,12%, com a saca a R$ 26,04. Já em Sorriso (MT), o preço cedeu 7,14%, com a saca a R$ 13,00. No Porto de Paranaguá, a saca futura, para entrega em agosto/18, caiu 1,64%, com o valor a R$ 30,00.
Ainda nesta quarta-feira, a Scot Consultoria destacou que o excesso de chuvas na faixa central do país e no Paraná tem dificultado o avanço da colheita da safra de verão. "Além dos possíveis prejuízos em termos de produtividade e encurtamento da janela de plantio da segunda safra", reportou.
"Em curto e médio prazos, a atenção seguirá voltada para o clima e andamento dos trabalhos no campo. Em um cenário mais favorável de clima para a colheita a expectativa é de que os preços caiam no mercado interno com o aumento da disponibilidade interna, conforme avança a colheita da safra de verão no país", reportou a consultoria.
Confira como fecharam os preços nesta quarta-feira:
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