Grupo invade fazendas e destrói sistema de irrigação no oeste da Bahia
Um grupo com mais de mil pessoas ocupou duas fazendas da cidade de Correntina, no oeste da Bahia, e chegou até a tocar fogo no galpão de uma delas, em protesto contra o tipo de irrigação que é feito nessas fazendas.
Segundo os manifestantes, a irrigação está secando o rio e provocando queda de energia. Em nota, a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia diz que apoia manifestações, mas sem atos de vandalismo. A entidade ainda informou que o protesto não tem embasamento técnico, já que a falta de água está ligada ao clima na região.
Pela tarde, os manifestantes se concentraram na entrada da cidade e fizeram novos protestos. Após terem garantia da PM de que ninguém seria preso, eles encerraram a manifestação por volta das 17h. As fazendas também foram desocupadas.
Veja a notícia na íntegra no site do G1 BA
Nota da Abapa:
Rio Arrojado está com a vazão normal para período do ano e nunca teve riscos de seca
A Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) lamenta o ato de destruição e vandalismo ocorrido nesta quinta-feira (2) na Fazenda Iragashi, no Distrito de Rosário, em Correntina. A entidade entende como legítima manifestações pacificas que não infrijam a legislação penal vigente com atos de invasão e depredação de patrimônio, sejam eles público ou privado.
A entidade acredita que muito dos manifestantes podem estar sendo incentivados, de forma inconsequente, por lideranças que se recusam a dialogar ou se inteirar dos fatos científicos e das leis que autorizam os mais diversos usos das águas, incluindo para a irrigação, por meio da autorização do órgão ambiental, mais conhecida como outorga.
O rio Arrojado, causa da manifestação e da violência na Fazenda em Correntina, está com a vazão normal para este período do ano e nunca teve riscos de seca. Antes de serem levados ao ato de destruição, os representantes do movimento deveriam avaliar de forma objetiva qual o verdadeiro uso das águas para a Irrigação.
Para a Abapa, o ato de vandalismo descorre do desconhecimento dos fatores climáticos e dos processos de produção agrícola no oeste da Bahia. Primeiro, em novembro, tem início as primeiras chuvas, retomando gradualmente o nível das águas; depois de longa estiagem, o que deixa naturalmente reduzida a vazão dos rios. Em segundo, nos meses de agosto, setembro e outubro, as fazendas estão em período de vazio sanitário, ou seja, sem produção agrícola. Somente com as primeiras chuvas que os agricultores começam o plantio das culturas de sequeiro, ou seja, sem uso de água.
Do total de 2,2 milhões de área plantada, 160 mil são irrigados. Ou seja, somente 8% é irrigado. De toda forma, aqueles que utilizam sistemas de irrigação na produção passam por rigorosas concessões do uso da água pelos órgãos ambientais e por renovação da licença e fiscalização periódicas. Ao entender a importância da água e dos custos envolvidos na irrigação, os agricultores trabalham com equipes técnicas capacitadas que minimizam as perdas, utilizando a água de forma racional e eficiente.
Pesquisas recentes da Embrapa Monitoramento de Satélite e por meio de informações do Cadastro Ambiental Rural (CAR), os agricultores vem respeitando a legislação e preservando 26% da área nativa de todo o território nacional. Na Bahia, segundo dados do Cadastro Florestal de Imóveis Rurais (Cefir), 9,1 milhões de hectares inseridos no bioma cerrado na região, 4,5 milhões estão conservados e 3,1 milhões são produtivos. Ou seja, existem mais áreas preservadas do que em produção. Da área nativa preservada estão principalmente a vegetação das margens de rio e nascentes. Mais do que respeitar a legislação, os agricultores estão mobilizados e estruturados para utilizar, quando necessário a água de forma racional, e proteger os recursos hídricos.
De forma científica, os agricultores também estão empenhados em entender como funciona o Aquífero Urucuaia. Eles estão financiando uma pesquisa, realizada em parceria entre os pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (UFV), de Minas Gerais, e da Universidade Federal de Nebraska, dos Estados Unidos, com o objetivo de quantificar a disponibilidade da água e sua importância para os múltiplos usos nas bacias do Rio Grande e Corrente, no oeste da Bahia, o que garante a segurança hídrica para manter a irrigação e, consequentemente, a produção sustentável de alimentos.
Os agricultores baianos estão cientes das suas obrigações com o meio ambiente e vem inserindo a variável da sustentabilidade em toda as fases da produção. E, por isto, adota modelos que associam os desafios de produção, cumprimento legal e boas práticas agropecuárias, com manejo adequado do solo e da água e gestão de resíduos. A Abapa e demais entidades da agricultura estão abertas ao diálogo na tentativa de desconstruir preconceitos que de forma inconsequente e irresponsável vilanizam os agricultores e os colocam de forma errada em contraponto ao meio ambiente.
Moradores de Correntina-BA invadem fazenda em protesto ao grande número de irrigação na região
Circulam nas redes sociais fotos e vídeo de invasões que teriam ocorrido nesta quinta-feira (02) em fazendas no município de Correntina-BA. As primeira informações dão conta de que cerca de 500 pessoas, em mais de 10 ônibus, carros e caminhões quebraram a porteira da fazenda e tocaram fogo na sede da propriedade, galpões com tratores , pulverizadores e outros equipamentos.
Mas o objetivo principal dos invasores seria a destruiçao de bombas de pivós, que fazem retirada da água do rio que corta a cidade de Correntina. A agricultura irrigada da região estaria sendo responsabilizada pela seca.
Segundo um blog de notícias da região "macaunbenselife ", o grupo pertence a um movimento comunitário de Correntina, ainda não identificado. Eles se auto-denominaram moradores da Comunidade Ribeirinha do Rio Arrojado.
A reportagem veiculada pelo Jornal "O Expresso" de Correntina , destaca que os integrantes do movimento querem coibir a retirada de águas dos rios pelos grandes projetos de irrigação da região. Uma das fazendas invadidas é conhecida como Igarashi e a outra como Curitiba.
A Fazenda Igarashi detém outorga de água (autorização para explorar) para irrigar uma área de 2.530 hectares com o volume de 180.203 metros cúbicos/dia. A autorização é de 32 pivôs de água superficial (retirada diretamente do Rio Arrojado).
As representações questionam a forma que as liberações de outorgas tem sido feita, sem discutir com a população, e sem nem um tipo de estudo sério sobre a situação da região, que é berço das águas de um dos principais rio do Brasil, o Rio São Francisco.
A reportagem confirma também que policiais da CIPE Cerrado tentam conter os manifestantes e reforços estão se deslocando para a região.
Vejas as fotos no momento da invasão:
Veja as instalações antes da confusão:
E como ficaram após a invasão
7 comentários
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R L Guerrero Maringá - PR
Chega de eufemismo.
Isso não é vandalismo, é TERRORISMO, e é crime previsto na Lei de Segurança Nacional.Laércio Saretta Caçapava - RS
Um bando de vagabundos contratados e transportados para destruir propriedade privada e querendo dinheiro público... Para quê "romancear" tanto?
fernando botelho villela neto Marília - SP
Sou contra destruição e invasão de propriedade privada mas, ao mesmo tempo, muito me estranha a liberação de áreas de irrigação deste porte em local conhecidamente assolado há anos com chuvas menores que a média. Em São Paulo demoramos 2 anos para conseguir uma licença para uma represa de 1 alqueire, e o mesmo tempo para poços artesianos. Como tais estabelecimentos conseguiram estas licenças???, admito, é um mistério para mim...
Então, se você não sabe não fique levantando insinuações. Pode ser que o proprietário tenha levado anos para conseguir a autorização. Se for seguir seu raciocínio, locais que tenham sofrido seca teriam que abandonar a irrigação e o bombeamento de água do subsolo. Não jogue a culpa de uma pseudo mudança climática nas costas dos agricultores. Hipócritas acusam o agricultor de crime ambiental enquanto seu excremento vai direto para o rio. Depois pegam sua SUV 3.0 e dirigem sozinhos para o trabalho. Poluem até não poder mais. Então no fim de semana saem para o campo e querem ver um jardim florido. Querem que os agricultores sejam somente jardineiros, como na Suiça. Sem problema , mas então paguem R$4,00 pelo litro de leite, R$20,00 pelo kilo de frango, R$20,00 a bandeja de morango. Não existe maneira de produzir comida quase de graça para vocês da cidade e ainda salvar o planeta . Então, vão te catar e não falem abobrinhas.
Gente, vamos pensar, pois nao adianta gritar por tudo... É de gente, como o excelentíssimo Carlos, que tomamos uma ferrada da questão do funrural e estamos caminhando para outra no STF, na questão ambiental. Sobre o grupo econômico em questão, seus donos não sabem o que é um pé de soja há ANOS... Será que eles representam o PRODUTOS RURAL BRASILEIRO?
Esta região ja nao poderia emitir licenças há anos, tem um relatório oficial declarando que o sistema de irrigação anda atrapalhando o abastecimento de outras propriedades, MP em cima... Sabemos que nesta região a corrupção impera. Nosso problema é o MST e com indios que nem indios são... Agora vamos brigar também com ribeirinho morto de sede... Temos de mostrar que somos nós que levamos este pais para frente, damos emprego..., os maiores ambientalistas e conservadores de matas nativas do PAÍS SOMOS NÓS --
PROPRIETÁRIOS RURAIS DESTE BRASIL... E, sim, existem locais que sofrem seca, e tem SIM QUE PRIORIZAR O ABASTECIMENTO DE AGUA HUMANO, VAI APRENDER COM A LEI. .. MINHA GENTE, NOSSA LUTA É maior .
Água tem pra todos, ... o que falta são obras adequadas, seja pra irrigação ou abastecimento púbico!
Dr. Fernando Botelho quer nos ensinar a lei através de uma lógica torta, de um argumento falacioso, falso, embora seja verdade que "existem locais que sofrem seca e que a prioridade é o abastecimento humano", isso não se aplica ao caso em questão. Ou será Sr. desembargador que aplicaremos o principio da justiça do trabalho de que qualquer vagabundo escorado na mais vil mentira possa processar homens honestos sem ser responsabilizado por isso? É ridiculo Sr. doutor, dizer que a lei deve ser cumprida defendendo seu descumprimento, ou agora é legal invadir e depredar patrimonio particular?Talvez os proprietários possam ser estelionatários, grupos ligados a politicos para esquentar dinheiro sujo, talvez usem dinheiro público do BNDES como tantos outros por aí, mas vai uma grande diferença entre ser contra isso e fazer justiça com as próprias mãos. Você, Sr. Doutor, devia saber isso mais que ninguém.
A nao ser que você se mude do Brasil, vai continuar faltando..., logo, segundo a CONSTITUICAO FEDERAL, a água é priorizada para o consumo HUMANO e em regiões que faltam. Não adianta espernear LEI É LEI e não adiantar entrar milico, que alias apoio, que NUNCA IRAO MUDAR ISSO...
FERNANDO BOTELHO VILLELA NETO, todo mundo que fica usando caixa alta para enfatizar o que diz, ou para dar a impressão que está gritando, tem problemas psicológicos...
O Rio Arrojado era um dos mais belos rios da região, hoje está praticamente morto em toda sua extensão.
Que nada, gente!!!, é so um bando de "mortadelas" pagos para destruir (e, portanto, devem ser responsabilizados, presos ou punidos de acordo com seus crimes)... A fazenda está usando a água como deve e fim de papo! Vamos parar de dar outros nomes senao aqueles que sao reais -- como terroristas, bandidos e vagabundos... Chega dessa ditadura de minorias que querem sempre o pior para todos. Voces sabem que milicias criadas pelo PT estao impedindo fazendeiros de plantar, comecando pelo RS? Eles querem que o povo seja morto pela fome, como aconteceu na Ucrania em 1933, 8 MILHOES de mortos pela fome, provocada pelos comunistas da Uniao Sovietica? Prestem atencao quando ficarem protegendo esses malditos terroristas. Por que eles derrubaram as torres de alta tensao? Quem vai pagar o prejuizo dos donos da fazenda?
NADIR TOMASINI JUNIOR Sarandi - RS
Até quando generais??? Intervenção militar JÁ!!!!
Os generais Brasileiros estão me decepcionando, a demora para intervenção parece associar a omissão?
Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC
Em 2007, o MST invadiu três vezes a fazenda Boa Esperança, no Pontal do Paranapanema, São Paulo, e ignorou uma ordem de reintegração de posse. A juíza Marcela Papa ordenou que o MST pagasse indenização ao dono da fazenda... José Rainha, líder do MST no Pontal, reagiu assim: "Condenar um movimento social é condenar a democracia".
Em 2007, o MST fechou duas vezes a Estrada de Ferro Carajás, quebrando tudo e impedindo o transporte de minério de ferro do Pará ao Maranhão. O juiz Carlos Henrique Haddad condenou líderes do bando a pagar multa à Vale. O MST respondeu em nota: a sentença representava a "criminalização dos movimentos sociais que lutam por um Brasil melhor".O Governo comete erro gravíssimo nas questões de invasão de terras. A Justiça brasileira não deveria incluir o MST na punição aos invasores, porque dá margem para os criminosos usarem o movimento social e a democracia como atos de legitimidade, escondendo-se atrás do coletivismo. Deveriam condenar somente a pessoa, o individuo que está cometendo crime (invadindo, destruindo, roubando), nunca o MST como um todo.. porque a organização não está registrada e reconhecida por governo..., não existindo oficialmente não tem como ser julgado.... O Governo deveria deixar bem claro, que MST não existe oficialmente, portanto qualquer ato haveria a responsabilização de cada indivíduo. Logo os criminosos invasores teria destino diferente, cadeia... A partir de momento que for tratado como criminoso, vai acabar esta palhaçada de invasões e o vagabundo vai precisar aprender a trabalhar seriamente, e consequentemente estaremos acabando com mentalidade mendiga, e obrigar o individuo a conseguir seu sustento com seu próprio esforço.
Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC
Em 2007, o MST fechou duas vezes a Estrada de Ferro Carajás, quebrando tudo e impedindo o transporte de minério de ferro do Pará ao Maranhão. O juiz Carlos Henrique Haddad condenou líderes do bando a pagar multa à Vale. O MST respondeu em nota: a sentença representava a "criminalização dos movimentos sociais que lutam por um Brasil melhor".
EDMILSON JOSE ZABOTT PALOTINA - PR
O Brasil está sob risco iminente de um enfrentamento entre os próprios brasileiros, que estão sendo conduzidos para uma guerra civil absurda, por culpa da incompetência dos Poderes Judiciário , Executivo e Legislativo .
Os produtores rurais produzem, geram empregos, desenvolvimento... e as ONGs, de outro lado, continuam influenciando os poderes para tirar destes, depois de tudo pronto, para, em nome dos direitos humanos, dar a quem nunca produziu e nunca irá produzir . Absurdo!!! Fiquemos alerta... No Oeste do Paraná as invasões por indígenas que não são indígenas, provocam insegurança Jurídica total. Na Bahia esta atitude absurda destrói um trabalho onde são gerados milhares de emprego, renda, tributos, valorizando o Estado em troca de ignorantes mau intencionados que destroem uma empresa que investiu fortunas para produzir alimentos... Os Governo Federal e Estadual já deveriam estar lá neste local para impedir e colocar ordem. Amanhã teremos outras regiões do Brasil sendo saqueadas , roubadas , destruídas em nome do que???. O Exército Brasileiro já tem motivos de sobra para agir em defesa da Pátria. O que está acontecendo já são sinais claros a intervenção de forças alheias com interesse em desestabilizar nosso país . A hora é agora de um basta nesta desordem e falta de respeito ao cidadão.Tomara que esta guerra civil venha logo. Agricultor tem arma e trator para passar por cima destes bandidos. Será nosso CBT contra o Gol mil deles. Quem será que ganha esta parada?
Nossa capital é uma cesta de maçã podre, é só jogar fora a cesta.