Café: Bolsa de Nova York opera em alta nesta tarde de 4ª depois de quase cair abaixo de US$ 1,30/lb na véspera
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) seguem em alta nesta tarde de quarta-feira (17), com valorizações de pouco mais de 20 pontos, em ajustes técnicos após a queda nos últimos dias e quase perderem o patamar de US$ 1,30 por libra-peso. Na véspera, os preços externos do grão recuaram cerca de 200 pontos com o mercado acompanhando atentamente as informações sobre a oferta global na safra 2017/18.
Por volta das 12h27 (horário de Brasília), o contrato maio/17 registrava 129,25 cents/lb com 200 pontos de baixa (fechamento da véspera), o julho/17, referência de mercado, estava cotado a 131,70 cents/lb com alta de 25 pontos. Já o vencimento setembro/17 avançava 25 pontos, a 134,10 cents/lb, e o dezembro/17, mais distante, tinha valorização de 30 pontos e estava sendo negociado a 137,60 cents/lb.
O mercado esboça reação técnica nesta quarta-feira depois de duas baixas consecutivas que fizeram com que as cotações quase perderam o patamar de US$ 1,30/lb. Ainda assim, os investidores no terminal externo seguem mais tranquilos com a safra do grão neste ano nas principais origens produtoras.
"O mercado tem apontado a boa produção e oferta abundante como razões para manter viva a pressão de venda. No entanto, o dólar fraco nos Estados Unidos e as moedas valorizadas na América do Sul podem manter a oferta mundial baixa no mercado", disse o vice-presidente da Price Futures Group e analista de mercado, Jack Scoville.
O site internacional Agrimoney reportou que o mercado também está atento aos números da colheita na Colômbia para descobrir o quanto foi significativamente baixa a colheita mitaca (colheita intermediária entre maio e julho) do país e como ela pode refletir no longo prazo.
A produção de café da Colômbia em abril, primeiro mês da colheita mitaca, caiu 20% de um ano para o outro, totalizando 834 mil sacas de 60 kg no período – esse valor mensal é o mais fraco já registrado em mais de dois anos, segundo dados do grupo de produtores colombianos, Fedecafe.
A veterana analista Judith Ganes-Chase disse que o declínio segue "muita especulação" sobre a colheita, depois das chuvas no início do ano que, segundo alguns produtores, afetaram a floração.
No Brasil, também por volta das 09h21, o tipo 6 duro era negociado a R$ 460,00 a saca de 60 kg em Patrocínio (MG) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis a R$ 440,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estava sendo cotado a R$ 437,00 a saca. Acompanhando as quedas externas e a colheita, que já acontece em algumas regiões produtoras do Brasil, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 fechou em R$ 451,94 a saca, nível mais baixo em mais de um ano, em valores nominais.
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