Sem demanda nova e com oferta de animais prestes a aparecer, tendência é de baixa para os preços para arroba do boi

Publicado em 02/05/2017 11:15
Confira a entrevista com Cesar de Castro Alves
Após retomada de alta nos últimos dias, mercado do boi volta a se estagnar. Em São Paulo, preços estão em R$ 139,00/@ para descontar Funrural

Podcast

Cesar de Castro Alves - Analista de Mercado da MBAgro

Download

A semana começa morna no mercado do boi gordo. Os negócios seguem travados, buscando reajuste após os efeitos da operação Carne Fraca, nos preços da arroba e nas vendas de carne.

Em abril, o levantamento preliminar da consultoria MBAgro, apontou queda de aproximadamente 20% no volume de animais abatidos, em função do fechamento de unidades frigoríficas e a postura retida dos pecuaristas.

Para maio, "a tendência é de que continue menor o número de frigoríficos abatendo e, então teríamos um mercado mais difícil", ressalta o analista, Cesar de Castro Alves, da MBAgro.

Em São Paulo, o indicador Esalq/BM&F fechou na última sexta (29) em R$ 139/@. Embora tenha recuperado parte das perdas, o preço da arroba segue abaixo do praticado antes da operação da Polícia Federal.

Segundo Alves, os fundamentos do mercado não indicam melhora nos preços no curto e médio prazo. "Dependemos de melhora no consumo interno e de redução de oferta, mas nenhuma dessas duas hipóteses parece segura”, diz.

Para os frigoríficos o cenário é mais positivo, muito embora eles relatem dificuldade na venda de carnes. Desde a Carne Fraca, as cotações da arroba caíram significativamente, enquanto os preços da carne conseguiram se sustentar - inclusive apresentando alta em determinados cortes -.

Esse fator colaborou com as margens de comercialização das indústrias. Segundo a MBAgro o indicador atingiu o melhor patamar dos últimos dez anos. "Mas, é verdade que mesmo com a margem melhor, eles estão vendendo menos e, mais plantas fechadas significa que os custos fixos precisaram ser diluídos nas que estão em operação", lembra Alves.

Por essas questões é que o analista diz não acreditar em pagamentos maiores na arroba, mesmo com margens elevadas dos frigoríficos.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Por:
Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

2 comentários

  • joão Lunardi SÃO JOSÉ DOS QUATRO MARCOS - MT

    Bois prontos para abate cada vez mais escassos e com preços em alta e escalas curtas. Não entendo os analistas insistindo em pressão de baixa no preço da @.... Não tem bois prontos para atender as escalas, os preços em alta e escalas dos frigoríficos apertadas em todo país . Na minha região, vale do Guaporé (MT) o preço de balcão é de R$ 130,00 para descontar imposto. Chuvas consistentes permitem ao pecuarista segurar o animal, agregando maior peso. Estamos no início da entressafra do boi. Confinamento com toda certeza vai ser menor devido aos preços baixos da @. Segure firme, pecuarista, que o inicio da virada está começando. Não entreguem seus animais a esses míseros reais. Produto de qualidade e natural só vocês possuem.

    0
  • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

    A oferta de animais não é abundante... a pressão de quem compra é a de sempre... ora, o ciclo da pecuaria desde a retenção da femea ao animal terminado são no mínimo 3 anos... logo... é so refletir... e pensar um pouco..

    0