Café: Bolsa de Nova York tem queda de mais de 150 pts nesta 2ª feira e março/17 perde patamar de US$ 1,45/lb
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta segunda-feira (13) com queda próxima de 150 pontos repercutindo o câmbio e indicadores técnicos. Com isso, o vencimento março/17 ficou abaixo do patamar de US$ 1,45 por libra-peso, já os lotes mais distantes permanecem pouco acima desse nível. Do lado altista, repercute no mercado as informações sobre as condições climáticos menos favoráveis ao desenvolvimento das lavouras do Brasil nos próximos dias.
O contrato março/17 fechou o dia cotado a 144,25 cents/lb com 150 pontos de queda, o maio/17 anotou 146,55 cents/lb com desvalorização de 160 pontos. Já o vencimento julho/17 encerrou o dia cotado a 148,85 cents/lb também com recuo de 160 pontos e o setembro/17, mais distante, teve perdas de 160 pontos, a 151,05 cents/lb. Na semana passada, o mercado do arábica acumulou queda de 0,34%.
Segundo o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, a semana nos mercados globais começou lenta, de um modo geral. "No caso do café, a tônica foi de lateralidade. Poucas oscilações e a grande maioria dos operadores preferindo adotar postura conservadora em suas apostas de curto prazo e, desta forma, nada de grandioso aconteceu", disse em seu boletim de mercado. "Para amanhã, ao que parece, o mais do mesmo prevalecerá", pondera.
O dólar comercial fechou a sessão desta segunda-feira (13) praticamente estável, mas chegou a testar R$ 3,1243 na máxima do dia na expectativa de alguma atuação do Banco Central e em ajustes após cair para o nível de R$ 3,10 na semana passada. A divisa encerrou a sessão cotada a R$ 3,1101 na venda com avanço de 0,03%.
A moeda mais alta tende a dar maior competitividade às exportações, em compensação pressiona o mercado. Dados do Cecafé (Conselho Nacional dos Exportadores de Café) apontam que os embarques de café do país totalizaram 2,56 milhões de sacas em janeiro, com receita de US$ 449,5 milhões. Em volume, houve uma queda de 8,7% em relação ao mesmo período de 2016.
De acordo com mapas climáticos, a semana deve começar quente e com pouca chuva sobre a maior parte das áreas produtoras do Brasil, após bons volumes nos últimos dias. A Climatempo prevê que, na semana de 12 a 16 de fevereiro, um sistema de alta pressão dificultará a formação de grandes áreas de instabilidade, reduzindo a precipitação sobre os cafezais de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Paraná. Os volumes acumulados deverão variar de 10 a 30 mm. As informações são do CNC (Conselho Nacional do Café).
Mercado interno
Segundo Marcus Magalhães, a semana começa com preços frágeis no mercado físico brasileiro. Os negócios seguem isolados nas praças de comercialização do país. "A conjugação deste cenário e o dólar sem força, literalmente, liquidaram a sustentação dos níveis e dos humores dos envolvidos", disse o analista.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação no dia em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 550,00 a saca com queda de 1,79%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com R$ 530,00 a saca e queda de 1,85%.
O tipo 4/5 anotou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com 534,00 a saca e recuo de 2,20%. Foi a oscilação mais expressiva no dia dentre as praças.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação no dia em Araguarí (MG) (estável), Espírito Santo do Pinhal (SP) (+1,96%) e Franca (SP) (estável), ambas com R$ 520,00 a saca. A maior oscilação dentre as praças no dia ocorreu em Vitória (ES) com baixa de 3,03% e saca a R$ 480,00.
Na sexta-feira (10), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 512,50 com queda de 0,17%.
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