Café: Cotações do arábica praticamente estáveis nesta tarde de 2ª feira após forte avanço na semana anterior
Após iniciarem o dia do lado vermelho da tabela após a forte alta acumulada na semana passada, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com leve alta nesta tarde de segunda-feira (17). Após repercutir nos últimos dias o clima no cinturão produtivo do Brasil – que pode impactar a safra 2017/18 –, o câmbio e realizar ajustes técnicos, o mercado agora caminha de lado e não esboça muitas novidades no curto prazo.
Pelo horário de Brasília, às 12h27, o vencimento dezembro/16 estava cotado a 155,60 cents/lb com alta de 30 pontos, o março/17 registrava 159,20 cents/lb com avanço de 40 pontos. Já o contrato maio/17 estava sendo negociado a 161,40 cents/lb com 50 pontos positivos e o julho/17, mais distante, subia 55 pontos, cotado a 163,38 cents/lb. No início do mês, os preços externos do grão estavam até 5% mais baixos que os registrados atualmente.
De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, as cotações do arábica nos terminais externos trabalham sem direcionamento definido nesta segunda. "As bolsas para o café operam lateralizadas e sem indicar pegada especulativa. Dia deve ser lento", explica. Na semana passada, as cotações da variedade na ICE testaram o patamar de US$ 1,60/lb e registraram alta acumulada de cerca de 5%.
Apesar do mercado subir bastante no acumulado da semana passada, segundo o analista de mercado da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach, as cotações devem encontrar dificuldades para se manterem acima de US$ 1,50/lb, pois esse é um patamar que atrai bastante os vendedores.
O cinturão produtivo do Brasil tem recebido nos últimos dias chuvas isoladas, que até contribuíram para a abertura da florada da safra comercial 2017/18 do Brasil em diversas regiões. No entanto, segundo mapas climáticos, no sábado, o clima quente e seco deve voltar. Além disso, os envolvidos no mercado já estão bastante preocupados com a condição das lavouras no próximos. Mesmo com a florada, elas estão bastante desgastadas por conta da bienalidade alta neste ano.
Apesar dos preços externos do grão praticamente lateralizados, a agência de notícias internacionais Bloomberg afirma que a previsão do tempo aponta baixa previsão de chuva nas áreas produtoras do Brasil nos próximos sete dias. Apenas partes do Paraná e Oeste de São Paulo devem ter maior umidade no período.
O câmbio também inicia a semana sem muitas novidades, a divisa apenas acompanha as movimentações externas. Às 11h50, o dólar comercial caía 0,22%, cotado a R$ 3,1973 na venda. Na semana passada, a moeda estrangeira caiu 0,38%. As oscilações do dólar ante o real impactam diretamente nas exportações da commodity pelo Brasil, que é o maior produtor e exportador da commodity no mundo.
No Brasil, os negócios com café seguem isolados com os produtores à espera de melhores patamares diante da atual situação mercadológica e das expectativas para o próximo ano. "Sem estoques de safras anteriores e preocupados com o estado dos cafezais, exauridos com a colheita de ciclo alto após dois anos de secas fortes e atípicas, os cafeicultores vendem o suficiente para cumprir seus compromissos de curto prazo", reportou o Escritório Carvalhaes em seu mais recente informativo.
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