Teto para gastos deve colocar as despesas federais ao nível de 2004
O governo Michel Temer afirma que as despesas federais não vão diminuir caso seja aprovado o "teto" de gastos. Os críticos dizem que o arrocho será histórico.
De fato, não haverá redução do valor despendido. De fato, vai ocorrer freada histórica no aumento de despesas e, a seguir, marcha a ré acelerada, em termos relativos.
A despesa do governo federal ainda vai aumentar em 2017, pouco mais de 2%. Daí em diante, será congelada, em termos reais, em termos de poder de compra do dinheiro (será reajustada apenas pela taxa de inflação). De 2000 a 2015, a despesa cresceu a mais de 6% ao ano além da inflação.
Em termos relativos, o gasto vai diminuir, com o "teto".
A despesa per capita vai cair a partir de 2018. Desde 2000, crescia, em termos reais, ao ritmo de 4,7% ao ano. Caso os governos respeitem o "teto" e dadas as projeções de população do IBGE, em 2026 a despesa por brasileiro será igual à de 2013. A partir de 2026, décimo ano de vigência do teto, o congelamento poderia ser revisto, a cada governo, durando até 2036.
A despesa em relação ao tamanho da economia, do PIB, também vai diminuir. Se a despesa está congelada e a economia cresce, o gasto diminui como proporção do PIB. Para quanto, depende do crescimento do PIB.
No gráfico (veja abaixo), estimou-se que o PIB cresça até 2020 segundo as medianas das projeções de economistas do setor privado. A seguir, cresceria segundo a média dos anos 1994-2016 (quase 2,5%). Assim, a despesa cairia de 19,5% do PIB em 2017 para 15,5% em 2026, mesmo nível de 2004.
Leia a notícia na íntegra no site Folha de S.Paulo.
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