Demanda por carnes não responde e preços da arroba do boi perdem ritmo no movimento de alta
O mercado do boi gordo ainda possui viés altista, mas essas altas devem vir de forma comedida. A demanda interna, que ainda se encontra desaquecida, gera uma inércia e o mercado futuro reflete os patamares do mercado físico. É o que detalha Alex Santos Lopes, analista da Scot Consultoria.
A carne teve um período positivo, mas essa alta foi atribuída mais a um estoque enxuto do que a uma nova demanda por carne. Ao chegar no varejo, não foi possível fazer o repasse de preço ao consumidor. Segundo o analista, ainda há uma pressão nos preços da carne, embora não tenha captado nenhum indicativo expressivo, mas o mercado segue estável.
Também de forma comedida, os frigoríficos devem continuar comprando, à medida em que o mercado vai respondendo. Nesta quarta-feira (5), em São Paulo, a arroba do boi gordo vem sendo cotada em R$152 reais a vista.
O período de entressafra e o confinamento menor do que no ano passado são alguns dos fatores que sustentam, também, o valor da arroba, embora o volume de oferta de animais já esteja precificado.
O mercado futuro não se recupera, refletindo o cenário do mercado físico e, de acordo com o analista, não deve haver alta expressiva a curto e médio prazo. No entanto, o cenário de expectativa é mais positivo do que há dois meses.
Para os produtores, o conselho é que façam as contas antes de entregar o animal, para ver se vale mais a pena vender ou manter, aguardando o animal ganhar mais peso.
1 comentário
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Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC
O governo petista instituiu uma politica econômica baseada no crédito, inundou todos os setores de dinheiro através de empréstimos fáceis..., depois de um tempo os maiorais do País vendo que não poderiam pagar as contas foram ao governo com a conversa de que investiram, acreditaram, e estavam em situação dificil. As vacas sagradas dos ministérios, das instituições, organizações, sindicatos, chegaram à conclusão que era preciso desvalorizar a moeda para elevar a "competitividade". Basicamente elevar os preços internos e diminuir os externos, promovendo uma espécie de "guerra cambial" com nossos principais concorrentes. Era preciso, diziam, pois todos os setores iam quebrar..., assim, o povo -- esse ser amorfo e sem nome -- que pagasse a conta.
Pois bem, no caso do chamado agronegócio, que é a junção de vários setores rurais, houve sim um grande aumento no volume exportado, mas não na renda, pois o preço médio das mercadorias exportadas em dólares diminuiu, impactando a receita que também ficou menor em quase todos os setores do agronegócio. Dizem que a culpa é dos especuladores, dos americanos, do diabo, entretanto a culpa é dos empresários brasileiros, que, querendo salvar a pele, decidiram aumentar os preços de praticamente todos os produtos agropecuários no mercado interno pensando que isso aumentaria a receita.., pensaram que, vendendo mais caro, manteriam as margens e ainda faturariam alto com o excedente exportado. Até os burros sabem que isso jamais deu certo em lugar algum do mundo. O principal concorrente brasileiro no agronegócio, os EUA, foi obrigado a baixar os preços das commodities agricolas para poder vender ao exterior, devido à politica agressiva dos Brasil para vender mais não baseado em redução de custos, nem em aumento de produtividade, mas usando uma politica cambial criminosa contra os brasileiros e contra os concorrentes. O resultado foi o inverso do esperado pelas antas da administração pública -- aumento da inflação (que causou diminuição do consumo) e diminuição da renda em dólares (que afetou a receita). No fim das contas é só isso...Hoje ainda é dia 05, mas terceiro dia útil do mês, creio que até 6 feira sai pgto. salário da grande gama de trabalhadores, e sábado e domingo todos comprando carne, 2a. e 3. feira é dia "D", para reposição, deve subir o preço da arroba, nós pecuarista esperamos, custo estão muitos altos; Não existe mais boi só de capim, se for no Pará, Acre.
Sr. Rodrigo, o "celeiro do mundo" (Brasil) produz 200 milhões de ton/ano agrícola de commodities. Países como EUA e China, produzem 350 milhões de ton/ano agrícola commodities. Os EUA agrega valor em grande parte dessa produção, transformando-a em proteína animal e produtos elaborados. A China deve ter uma estratégia equivalente, mas em função do número de consumidores é obrigada a importar, só que ela importa a commoditie in natura e dentro do seu território são efetuados os processos industriais, ou seja, quando exportamos as commodities in natura, exportamos empregos e valores adicionais do produto acabado. Simples assim...
continuação:... A Argentina tem uma estrutura onde os seus grãos são industrializados e, como consequência veja a pujança do setor de lácteos argentino e os índices zootécnicos de sua pecuária. Se não me falha a memória a Argentina é uma player de mercado em exportação de óleo de soja. São planejamentos de longo prazo, coisa que não cultivamos nas mentes burocráticas do Estado Jurássico.
continuação:... Devemos implementar uma "Agricultura" de cultura de mentalidade, onde ações transformadoras serão colocadas em prática nos meios acadêmicos, instituições de pesquisas e governamentais e, CULTIVAR COM MUITO CARINHO !!! Pois os frutos a serem colhidos dessa cultura, por ser de ciclo longo, vão demorar algumas décadas.
E o Brasil exportando boi vivo como se isso fosse um bom negócio pro país.
Deem uma olhada nessa tabela, aumento de volume e diminuição do valor: https://midiaagricola.wordpress.com/2016/10/05/exportacoes-dados-de-2014-e-2015/
Sr. Rodrigo, fazendo uma análise dos dados da tabela, nos itens: soja em grãos e óleo de soja nota-se que o preço médio (US$/t), no ano 2015 é 386 e 691 respectivamente. O valor agregado do óleo é 79% maior que da soja em grãos, ou seja, a soja é uma oleaginosa que tem em média 22% de óleo em seus grãos e, após a extração, fornece um dos subprodutos mais valorizados do mercado "farelo de soja", que tem inúmeras aplicações, inclusive como matéria prima na industrialização de produtos para a alimentação humana. Ah! Sem falar no número insignificante do volume exportado do óleo de soja, 1,67 milhão de ton, diante de uma exportação de 54,323 milhão de ton de soja em grãos.
É isso mesmo Sr. Rensi, analisando os dados vemos o quanto o discurso dos politicos e lideranças ufanistas é falso. Além do óleo de soja, a China ainda fornece farelo para a Tailândia que está tirando mercado do Brasil no Japão e na Europa na exportação de frango.
Matéria no Globo Rural Pesquisadores da Unesp desenvolvem fertilizante inteligente em Sorocaba-SP (TURFA) Clique no link abaixo: http://globoplay.globo.com/v/2089961/