Suíno Vivo: Mercado registra mais uma semana de baixas e encerra negativa em SP e RS
Nesta sexta-feira (09), o mercado de suíno vivo encerra com cotações estáveis nas principais praças de comercialização. No início da semana, baixas foram registradas em algumas regiões, porém o feriado de Dia da Independência trouxe lentidão aos negócios.
O analista da Safras & Mercado, Allan Maia, explica que a demanda continua exercendo pressão nas cotações, dando continuidade às baixas registradas há algumas semanas pelo mercado. “A perspectiva é de uma acomodação nos preços nos próximos dias, levando em conta que parte da massa salarial ainda está sendo paga para a população”, avalia.
O Cepea (Centro de Estudos Avançados e Economia Aplicada) aponta que nem mesmo os resultados positivos nas exportações têm dado fôlego aos preços no cenário interno. “Segundo pesquisadores do Cepea, as quedas têm sido influenciadas por vendas enfraquecidas no mercado doméstico”, aponta o boletim do Centro.
Diante do cenário de baixas, os custos de produção seguem como preocupação, devido aos patamares de preços para o milho – componente essencial para a ração nas granjas. “A diferença de preços em relação ao mesmo período do ano passado para a saca de milho é bastante elevada. Em Goiás, por exemplo, a saca de milho é vendida a R$ 41,50, valor 80,4% maior frente ao mesmo período do ano passado”, comenta Maia.
Apesar disto, as cotações para o cereal tiveram retração na última semana – mas ainda em patamares elevados para o período –, segundo apontam os pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avnçados em Economia Aplicada). “A pressão veio da colheita, que está na reta final, e da retração de compradores, que recebem o cereal já contratado e ajustam o consumo de acordo com a efetiva necessidade”, aponta o boletim semanal do Centro.
Preços
A pesquisa semanal de preços realizada pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, aponta que a maior baixa de preços ocorreu em São Paulo. Na praça, os preços cederam 1,20% e trabalham com a referência de R$ 75 a R$ 77/@. No início da semana, a bolsa de suínos havia definido negócios entre R$ 73 a R$ 75/@ – equivalente a R$ 3,89 e R$ 4,00/kg.
Porém, no decorrer da semana o mercado demonstrou melhora, segundo informou em nota a APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos). Com isso, houve um acréscimo de R$ 2/@ nos negócios realizados em relação ao início da semana.
No Rio Grande do Sul, o recuo foi de 0,77%. A pesquisa semanal da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul) aponta que nesta semana o preço médio pago aos produtores independentes passa a ser de R$ 3,87/kg. Aos integrados, a cotação segue na média de R$ 2,98/kg.
Para os insumos, houve ligeiro recuo para o preço do milho e farelo de soja na média estadual. Com isso, a pesquisa desta semana aponta que a saca do cereal passa a ser cotada a R$ 45,00, enquanto que a tonelada do farelo está sendo negociada a R$ 1.210,00.
Exportações
Após registrar dados positivos em agosto, os embarques seguem com bom ritmo nos primeiros dias de setembro, segundo informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Em dois dias úteis, foram exportados 11,0 mil toneladas, com média diária de 5,5 mil toneladas.
Em agosto, os embarques chegaram a 57,5 mil toneladas em 23 dias úteis. A média diária ficou em 2,5 mil toneladas, o que representa um acréscimo de 24,7% em relação ao mesmo período do ano passado e 0,4% em comparação com julho. Já em receita, os dados apontam para US$ 127,0 milhões, com o valor por tonelada em US$ 2.206,9.
0 comentário
Preços do frango congelado e resfriado registram alta de mais de 1%
Mercado de suínos fecha a semana com altas pontuais, mas a expectativa é de novos ganhos com demanda interna aquecida
Frango/Cepea: Competitividade frente à carne suína é a maior desde nov/20
Preços do frango congelado e resfriado registram alta superior a 6% na primeira quinzena de novembro
Preços dos suínos independentes mantêm estabilidade nesta semana, mas tendência é de alta com a chegada do final de ano
Suínos/Cepea: Carne suína ganha competitividade frente à bovina