Governo Temer poderá subsidiar parte do prêmio das opções a futuro
Com a alta volatilidade dos mercados agrícolas, as opções futuras se tornam uma estratégia que podem ser utilizadas para a administração de riscos de preços.
Em grande parte das bolsas do mundo os contratos agropecuários ainda representam uma parcela pequena do total negociado. O pequeno volume relativamente ao total é explicado entre outros fatos pela falta de conhecimento do uso de derivativos dentro do agronegócio.
Para incentivar esse tipo de comercialização o Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura e a Bolsa de Mercadorias e Futuro de São Paulo (BM&FBOVESPA), estão discutindo a possibilidade de subsidiar prêmios de opções futuras.
"Objetivo é que o governo brasileiro estabeleça uma subvenção para o produtor travar o preço de comercialização de parte da safra", a exemplo da lei estabelecida nos anos 90 pelos Estados Unidos, explica o diretor de commodities da BM&FBOVESPA, Ivan Wedekin.
Atualmente 70% da safra norte-americana é assegurada por preços futuros através da aquisição de opções. No Brasil, Wedekin afirma que é preciso integrar a Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) com os instrumentos de mercado.
"O Ministério da Agricultura está constituindo uma Câmara de Crédito Seguro e Comercialização Agrícolas, a qual deverá ter uma reunião nos próximos dias, para tratar desse e outros assuntos importantes com relação a crédito", ressalta Wedekin.
No país existem atualmente dois tipos de opções: opção de compra (call) que dá ao titular o direito de comprar o produto até certa data por um determinado preço (strike price ou preço de exercício); e a Opção de venda (put) dando ao titular o direito de vender o produto subjacente até certa data por um determinado preço (strike price).
Deve-se salientar que as opções dão ao seu titular (ou detentor) o direito, mas não a obrigação de vender ou comprar ao preço estipulado. Isto é, o titular da opção não é obrigado a exercê-la, dando a oportunidade de aproveitar eventuais altas. "As operações em Bolsas são garantidas, então não há quebra de contrato", acrescenta Wedekin.
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WALCRIDE BENITES CARDOSO Bofete - SP
João Batista, muito boa a noticia trazido pelo Ivan Wedekin, sobre o governo subsidiar parte do premio das opções agrícolas (a futuro) no sentido de dar mais liquidez ao mercado... mas existe uma outra dificuldade para a adesão por parte dos produtores, que é o fato das corretoras não focarem as opções de derivativos agrícolas na hora de fazer a trava no mercado... seus representantes dão sempre prioridade para os contratos futuros, que, em minha opinião, são os grandes vilões dos produtores, pois para fazermos o hedge temos de suportar os ajustes diários, e nem sempre podemos carregar a posição ate o final.. claro que para as corretores o interessante é que os produtores negociem contratos futuros para gerar mais corretagem com a entrada e saida das posições frequentes... só que desta forma o produtor deixa de ser "hedger" pra virar especulador... e o fim disso, todos sabemos, pode ser bem trágico.
Pois digo que é uma péssima noticia. Nenhuma instituição ou pessoa fisica irá querer participar de um mercado manipulado por bancos públicos. Sobre as corretoras isso não é bem verdade, uma vez entrei em uma corretora dentro do prédio da bmf em SP e lasquei, quero negociar contratos futuros de milho! Perguntaram se eu tinha milho, disse que não, e eles não quiseram conversa. Opções podem ser negociadas com qualquer corretora, desde que diretamente com a mesa, ou mesmo com corretores como o Marcos Hildebrand que ofereceu opções quando setembro estava 45 com premio de 1 real, ninguém quis embora já tivesse alertado para uma queda diária de mais de 2% uns dias antes. Ponham o BB negociar opções para os produtores e bem cedo verão o resultado. Não esquecendo que o BB é dos brasileiros, assim como a caixa, a petrobrás...
Valdir Edemar Fries Itambé - PR
João Batista, muito oportuna a entrevista sobre as opções a futuro, e, igualmente, muito esclarecedora por parte do Ivan Wedekin.
Bom dia, então no mercado físico neste final de ano e até setembro de 2017 , próxima safrinha. será uma crescente ou será uma decrescente no preços do milho em comparação com os preços atuais?