Prejuízo para o suinocultor no RS já dura desde o início do ano. Produtor independente recebe R$3,61 contra um custo de R$ 4,20

Publicado em 29/06/2016 13:42
Entrevista com Valdecir Folador - Pres. ACSURS
Apesar de ligeira redução dos custos com início da segunda safra de milho, preços do cereal ainda continuam elevados e muito acima dos praticados nesse período do ano passado

Mesmo com as melhoras recentes no preço do suíno vivo os suinocultores do Rio Grande do Sul ainda trabalham abaixo dos custos de produção. No pico de junho a cotação alcançou R$ 3,72/kg na última semana, enquanto que o custo é de R$ 4,20/kg.

O presidente da ACUSRS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul), explica que os "os preços do milho continuam em alta mesmo com a oferta chegando a alguns estados". No estado a cotação atual do cereal, varia entre R$ 48,00 a R$ 50,00 a saca de 60 kg.

Esse cenário de aperto nas contas vem sendo observado desde o início deste ano. Até mesmo o farelo de soja foi puxado pelo incremento na demanda das indústrias de ração.

Agora "a estratégia de todos tem sido abater os animais peso menor, para despender menos capital de giro", explica Folador. A média de peso do abate nos últimos meses tem sido de 125 kg, fator que poderá trazer uma sobrecarga de oferta no curto prazo.

Para os próximos meses, Folador diz acreditar em um arrefecimento dos preços do milho, com a entrada da safrinha. No entanto, a partir de setembro as expectativas são de novas altas nas cotações do cereal.

Diante dessas projeções, o presidente afirma que algumas agroindústrias já estão planejando redução de 10% a 20% nos planteis de matrizes.

"Atualmente o estado tem em torno de 340 mil matrizes que deverá ser reduzido como estratégia frente a crise", destaca Folador.

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Por:
Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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