Café: Após seguidas altas, Bolsa de Nova York perde mais de 100 pts nesta tarde de 2ª feira em realização de lucros
Após fecharem a semana passada com alta acumulada de quase 3% repercutindo as adversidades climáticas no cinturão produtivo do Brasil, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) realizam lucros nesta tarde de segunda-feira (20) e registram queda de mais de 100 pontos. No entanto, os principais vencimentos continuam próximos do patamar de US$ 1,40 por libra-peso.
Por volta das 12h48, o vencimento julho/16 anotava 139,75 cents/lb com 100 pontos de queda, o setembro/16 registrava 141,70 cents/lb com 115 pontos de recuo. Já o contrato dezembro/16 tinha 144,25 cents/lb com 110 pontos de desvalorização, enquanto o março/17 operava cotado a 146,65 cents/lb com 105 pontos de desvalorização.
De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, as bolsas para o café operam em baixa em realização de lucros e com ajustes técnicos. Na semana passada, repercutindo as condições climáticas no Brasil, os vencimentos atingiram o linha de 1,40/lb. Essa alta externa também motivou ganhos nas praças de comericialização do Brasil.
Segundo agências internacionais, apesar da baixa, o clima deve continuar no foco dos operadores. Mapas climáticos da Somar Meteorologia mostram que a partir desta terça-feira uma frente fria presente no Sul do Brasil deve avançar em direção a São Paulo e Sul de Minas Gerais, o que poderia prejudicar a colheita mais uma vez.
As chuvas dos últimos dias tiveram impactos significativos na produção. Segundo o degustador e classificador, Hugo Silva Ferreira, da Cooperativa dos Cafeicultores do Vale do Rio Verde, no Sul de Minas, é nítida a diferença nas amostras colhidas antes e depois das chuvas. "Os primeiros cafés que chegaram à cooperativa estavam mais uniformes e com sabor mais adocicado. Depois das precipitações das últimas semanas, eles ficaram mais desiguais, com grãos pretos, e o sabor mais aguado", explica.
Apesar da valorização nos preços, seguem lentos os negócios com café nas praças de comercialização do Brasil. "O mercado interno deverá ter dia lento e com negócios isolados. Mas preços sustentados", afirma Marcus Magalhães. Na sexta-feira (17), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 492,98 com queda de 0,38%.
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