Exportações de carne continuam fortes na primeira semana de junho, mas são insuficientes para elevar margens de frigoríficos
As cotações seguem firmes e com tendência de alta. Em São Paulo os negócios permanecem entre R$ 155,00 a R$ 157,00/@ a vista, com o recuo na oferta de animais.
A novidade positiva para o mercado nesta semana foram os primeiros dados das exportações em junho. Segundo da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) na primeira semana do mês - correspondente a três dias úteis - o país embarcou 15,4 mil toneladas de carne 'in natura'.
Esse volume correspondeu a uma média diária de 5,1 mil toneladas, 6,5% acima na comparação com as vendas de maio no mesmo período. "Indicando que junho deve manter o nível acima de 100 mil toneladas como em maio", explica o analista da Socopa Corretora, Marcelo Costa.
Embora os resultados das exportações venham positivas, o escoamento da produção somente via mercado externo não consegue dar suporte para queda no consumo interno.
Assim, mesmo com a redução na oferta e escalas curtas, a arroba não consegue subir com força, haja vista a dificuldade no repasse da matéria prima à carne.
Parte dos frigoríficos tem optado por diminuir o volume de abates, a fim de manterem suas escalas mais alongadas. A redução na margem de comercialização das indústrias é um fator que preocupa.
"A receita daqueles que fazem somente mercado interno está bem apertada, principalmente em São Paulo onde o diferencial aumentou bastante", ressalta Costa.
No curto prazo não são esperadas mudanças na tendência do mercado, já que os analistas esperam uma redução também na oferta de animais confinados no primeiro giro.
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