Conselho Agropecuário do Sul define prioridades no México com presença do Brasil
O Conselho Agropecuário do Sul (CAS) – formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Chile e Venezuela – definiu os três eixos que vão estruturar o trabalho do grupo: sanidade agropecuária, sustentabilidade e políticas agrícolas.
A reunião ocorreu em Playa del Carmen, no México, nesta terça-feira (20). A declaração conjunta foi assinada pela ministra brasileira da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, e representantes de cinco países presentes. Do CAS, só a Venezuela não participou, de acordo com informe divulgado pela assessoria da ministra em Brasília.
O conselho entendeu que é necessário alinhar as prioridades do Comitê de Sanidade Vegetal e do Comitê Veterinário Permanente – órgãos especializados do Cone Sul – às políticas dos ministérios de Agricultura. O grupo também concordou que é estratégico manter ações coordenadas de erradicação da febre aftosa.
Kátia Abreu disse que para as Américas se tornarem livres de febre aftosa, falta controle apenas na Venezuela e nos estados do Amapá, de Roraima e do Amazonas. O Brasil está fazendo uma “força-tarefa” para que os três estados erradiquem a doença até maio do ano que vem, data da próxima reunião da Organização Mundial de Saúde Animal, disse a ministra brasileira.
Segundo Kátia Abreu, o Ministério da Agricultura está com foco especial na erradicação da aftosa, e “os governadores estão empenhados”. Ela afirmou ainda que, a pedido da Venezuela, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apoia o país vizinho na elaboração de políticas de erradicação da aftosa.
A ministra participou da 30ª reunião do CAS como parte da missão à 18ª Reunião Ordinária da Junta Interamericana de Agricultura, formada pelos ministros de Agricultura dos 34 países-membros do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), que promove o encontro.
O CAS concordou ainda em vincular a articulação do grupo a temas de interesse da agricultura familiar, de modo a inserir pequenos agricultores, de forma competitiva, no mercado, por meio de assistência técnica e extensão rural.
Kátia Abreu disse que é importante garantir renda ao pequeno agricultor e destacou o programa Oportunidade: Mobilidade Social no Campo, ainda em elaboração. O objetivo do projeto é dobrar a classe média rural brasileira por meio de qualificação, extensão rural e estímulo ao associativismo. A intenção da ministra é lançar o programa ainda este ano.
Os ministros do CAS firmaram compromisso em prol da adaptação às mudanças climáticas, sobretudo por causa da proximidade da 21ª Conferência das Nações Unidas, em dezembro, em Paris.
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