Na Folha: Avaliação da S&P é novo temor do governo, que quer evitar nota negativa
O governo já admite oficialmente que a volta do crescimento econômico ficou para o final do ano, e a equipe econômica teme agora que a agência de avaliação de risco Standard & Poor's coloque a nota brasileira em perspectiva negativa, o que forçaria uma alta de juros brasileiros.
Na escala da S&P, o Brasil está apenas no último degrau do grau de investimento, atestado de bom pagador, com perspectiva neutra –que significa que não há motivos para que seja alterada.
A perspectiva negativa indicaria que ele poderia passar a grau especulativo em breve, o que faz com que investidores exijam juros maiores para compensar o risco. Esse movimento, se for confirmado, preocupa o governo Dilma também porque irá trazer mais pressão de alta para o dólar.
Segundo a Folha apurou, assessores presidenciais temem que a mudança da meta de superavit primário, de 1,1% para 0,15% do PIB (Produto Interno Bruto), possa alterar os planos da S&P.
Isso porque, ao fazer uma economia menor de recursos, o Brasil não conseguirá evitar que sua dívida pública cresça em relação ao PIB, o que, segundo os critérios usados pelas agências, significa menos capacidade de honrar empréstimos feitos.
O governo já estava preocupado com a revisão da classificação do país pela Moody's, que ainda coloca o Brasil no segundo degrau do grau de investimento.
A equipe econômica já dá como certo um rebaixamento, o que a colocaria no mesmo patamar da Standard & Poor's, mas vinha vinha trabalhando para que a Moody's pelo menos classificasse a perspectiva da nota do Brasil em neutra, e não negativa. Se cair para negativa, o país correria o risco de perder o grau de investimento também nesta agência em breve.
A perda do selo de bom pagador em duas agências é prejudicial para o país, porque investidores internacionais, como grandes fundos de pensão, ficariam impedidos de manter recursos investidos aqui.
Leia a notícia na íntegra no site da Folha de S,Paulo.
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