Café: Bolsa de Nova York fecha com leve baixa nesta 4ª feira; mercado continua focado na questão cambial
Nesta quarta-feira (22), as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com leve queda após oscilar nos dois campos durante a sessão. Esse é o sexto pregão consecutivo de baixa no terminal norte-americano. De acordo com analistas, os investidores na bolsa preferem neste momento manter uma postura mais conservadora e aguardam maior desdobramento no cenário econômico do Brasil.
O vencimento setembro/15 registrou 125,55 cents/lb com queda de 40 pontos, o dezembro/15 anotou 129,00 cents/lb com recuo de 55 pontos, já o março/16 registrou 132,20 cents/lb com 105 pontos negativos e o maio/16, mais distante, fechou o dia com 134,40 cents/lb e recuo de 110 pontos.
Segundo o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o dia foi marcado por curtas oscilações nos terminais internacionais uma vez que os agentes aguardam maiores desdobramentos sobre o futuro do dólar no Brasil. "Os investidores continuam a não assumir postura agressiva no mercado, deixando assim, os níveis vigentes nos terminais internacionais, dentro de uma total letargia", afirma.
Nesta quarta, o dólar fechou com a maior alta percentual em relação ao real em dois meses, ainda repercutindo as preocupações com a situação fiscal do governo e o cenário externo. A moeda teve valorização de 1,65%, cotada a R$ 3,2257 na venda.
Vale lembrar que nos últimos dias o mercado também registrou baixa e fechou praticamente lateralizado. De acordo com analistas, o mercado está carente de novidades fundamentais por isso as bolsas internacionais têm trabalhado bastante de olho no cenário político e econômico.
Clima
Segundo informações climáticas da Somar Meteorologia, nos próximos dias uma frente fria se desloca pela costa do Sudeste. Entretanto, ela não deve trazer chuvas significativas para as áreas de café, apenas ventos que favorecem a queda nas temperaturas. No fim de semana, as chuvas isoladas avançam pelo leste de Minas Gerais, atingindo a zona da Mata. Por serem fracas e isoladas, estas precipitações não chegam a prejudicar as atividades de campo.
Já na região cafeeira do Paraná, a empresa informa que não há condições atmosféricas favoráveis para a formação de geadas nos próximos dias.
Mercado interno
No físico, o comportamento cambial também tem influenciado. Quando o dólar se valoriza, as cotações na ICE cedem e deixam os preços estáveis para os cafeicultores.
"Dentro desta turbulência especulativa, pouquíssimos negócios estão sendo presenciados nas praças de comercialização ao redor do Brasil deixando o negócio café dentro de um grande vácuo de ofertas e expectativas", explica Marcus Magalhães.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 492,00 e alta de 0,61%. A variação mais expressiva ocorreu em Poços de Caldas-MG com R$ 467,00 a saca e recuo de 1,48%.
O tipo 4/5 também teve maior valor de negociação em Guaxupé-MG com R$ 492,00 a saca e valorização de 0,61%. A oscilação mais expressiva no dia foi na cidade de Franca-SP com alta de 2,22% e saca cotada a R$ 460,00.
O tipo 6 duro teve maior valor na cidade de Franca-SP com R$ 450,00 e alta de 2,27%. Essa foi a maior oscilação no dia.
Na terça-feira (21), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou valorização de 0,06% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 411,85.
Bolsa de Londres
Seguindo Nova York, as cotações do café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) também registraram desvalorização. O contrato julho/15 está cotado a US$ 1815,00 por tonelada com setembro/15 teve US$ 1679,00 por tonelada e avanço de US$ 15 e o novembro/15 anotou US$ 1693,00 por tonelada com alta de US$ 14.
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