Milho: Em Chicago, mercado reduz perdas, mas mantém tom negativo na sessão desta 4ª feira

Publicado em 22/07/2015 13:26

Ao longo das negociações desta quarta-feira (22) o futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) mantêm o tom negativo. As principais posições da commodity reduziram as perdas e, por volta das 12h31 (horário de Brasília), exibiam quedas entre 2,50 e 4,00 pontos. O vencimento setembro/15 era cotado a US$ 4,04 por bushel, depois de iniciar o dia a US$ 4,00 por bushel.

As agências internacionais destacam que os investidores acompanham principalmente duas variáveis nesta quarta-feira, o dólar e o comportamento do clima nos Estados Unidos. De acordo com informações do site Farm Futures, o dólar, no mercado internacional, busca uma recuperação após a queda registrada no dia anterior. No início da semana, as cotações recuaram devido à valorização dólar, o que acaba tirando a competitividade dos produtos nas bolsas americanas.

Paralelamente, o mercado também acompanha as novas previsões climáticas para o Meio-Oeste do país. "A última previsão, entre os dias 27 a 31 de julho, indica chuvas abaixo do normal para Ohio. Contudo, a previsão mantém a precipitação acima do normal para Iowa. E temos temperaturas acima do normal para o mesmo período", afirma Bob Burgdorfer, editor da Farm Futures.

Chuvas nos EUA entre os dias 27 a 31 de julho - Fonte: NOAA

Chuvas nos EUA entre os dias 27 a 31 de julho - Fonte: NOAA

A grande questão nesse momento é dimensionar o impacto do clima nas lavouras de milho e, consequentemente, na produção norte-americana. E a preocupação é maior no mês de julho, uma vez que, esse é o período mais importante no desenvolvimento da cultura. Cerca de 55% das plantações estão em fase de espigamento, conforme dados reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Temperaturas nos EUA entre os dias 27 a 31 de julho - Fonte: NOAA

Temperaturas nos EUA entre os dias 27 a 31 de julho - Fonte: NOAA

Entretanto, apesar das especulações em relação ao clima, o departamento manteve em 69% o índice de lavouras em boas ou excelentes condições. Do mesmo modo, o percentual de lavouras em situação regular ou condições ruins ou muito ruins também foi mantido em 22% e 9%, respectivamente.

"Até o momento, o clima quente previsto para essa e a próxima semana não parece ameaçador para a polinização do milho", diz Burgdorfer.

Importações chinesas de milho

No mês de junho, as importações de milho por parte da China somaram 872.919 mil toneladas, um aumento de quase 30 vezes o percentual registrado no mesmo período do ano anterior. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Alfândegas do país nesta quarta-feira.

No acumulado do semestre, as compras chineses totalizam 2,65 milhões de toneladas do grão, o volume é quase o dobro do observado em igual período de 2014. Caso o ritmo aquecido seja mantido, o país pode registrar esse ano sua maior importação de milho.  Ainda segundo informações do departamento, os chineses buscam novas rotas de abastecimento alimentar e diminuir a dependência dos Estados Unidos.

Mercado interno

Apesar da forte alta do dólar nesta quarta-feira, a queda nos preços em Chicago mantém as negociações mais lentas no Brasil. No Porto de Paranaguá, a saca do milho para entrega em agosto/15 era cotada próxima de R$ 27,70, mas sem a ocorrência de negócios.

Por volta das 13h10 (horário de Brasília), o câmbio era cotado a R$ 3,22, com ganho de 1,77%. Segundo dados do site G1, o mercado aguarda o possível anúncio do governo para possíveis novos cortes no orçamento e a redução da meta de superávit para 2015, o que também reflete a valorização da moeda norte-americana nos mercados internacionais frente à perspectiva de juros mais altos nos EUA ainda este ano.

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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