Café: Bolsa de Nova York segue operando em baixa nesta 2ª feira
Nesta segunda-feira (20), as cotações futuras do café na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam em queda, após fechar próximo da estabilidade na semana anterior. Pela manhã, a commodity chegou a operar em campo positivo, mas logo reverteu e dá continuidade as perdas observadas nos três últimos pregões.
Assim como as demais commodities, o café vem operando em queda com as expectativas do aumento das taxas de juros nos Estados Unidos, segundo informa o site internacional Bloomberg. Já o dólar segue com fortes altas, influenciado pelo estresse político no Brasil e bons resultados na economia americana, o que deve compensar as perdas nas bolsas internacionais.
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Às 13h11 no horário de Brasília, o vencimento setembro/15 apresentava perdas de 115 pontos e era cotado a US$ 127,25 cents/lb, assim como dezembro que era negociado a US$ 130,75 cents/lb. Março/16 caia 35 pontos e seguia valendo US$ 135,15 cents/lb, enquanto maio/16 caia também 35 pontos e era cotado a US$ 137,40 cents/lb.
Veja como fechou o mercado na sexta-feira:
Café: Bolsa de Nova York fecha próximo da estabilidade nesta 6ª feira e saldo da semana é positivo
Nesta sexta-feira (17), as cotações futuras do café na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram com leves baixas, muito próximo da estabilidade. Apesar das perdas dos três últimos pregões, a semana encerra com 215 de alta em relação a anterior. Por outro lado, o dólar teve valorização expressiva, o que compensou as perdas na bolsa. Com o estresse político no Brasil, após o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, se opor ao governo e também ao otimismo em relação a economia nos Estados Unidos, a moeda norte americana fechou a R$ 3,20.
O contrato setembro/15, principal referência, encerrou cotado a US$ 128,40 cents/lb, com desvalorização de 45 pontos. Dezembro/15 também caiu 45 pontos e fechou a US$ 131,90 cents/lb. Já março/16 sofreu uma desvalorização de 50 pontos, encerrando o dia cotado a US$ 135,50 cents/lb, enquanto maio/16 fechou a US$ 137,75 cents/lb.
Para o analista do Escritório Carvalhaes, Sérgio Carvalhaes, o mercado praticamente permaneceu inalterado, apesar das baixas, que teve uma compensação devido a valorização do dólar. Nos últimos dias, o mercado tem trabalhado com análises gráficas, visto que não há novidades que justifiquem altas.
Para o cenário fundamental, mesmo com as notícias de um rendimento menor na colheita da safra 2015/16 no Brasil, a bolsa ainda não precificou o cenário e segue aguardando uma confirmação. Para Carvalhes, com o período de férias no hemisfério norte, quando o consumo de café é menor, o mercado internacional ainda não repercute a situação da safra brasileira. Ele ainda explica, que o mercado deve começar a demonstrar algum impacto dentro de 30 a 40 dias, próximo do fim das férias e também com o avanço da colheita do arábica.
Colheita
A Safras & Mercado divulgou também o seu levantamento semanal da colheita da safra 2015/16. Até o dia 14 de julho, os trabalhos atingiram 56% do volume previsto, um avanço de 4 pontos percentuais ante a semana anterior. No mesmo período do ano passado, a colheita atingia 74% e a média dos últimos cinco anos é de 62%.
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A situação mais crítica é na região produtora de café no Paraná, que está sofrendo com grandes volumes de chuvas. Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o coordenador técnico de culturas perenes da Cocamar, Robson Ferreira, explica apesar de a colheita ter atingido 60% na região, os trabalhos estão paralisados há três semanas e traz prejuízos à qualidade. “O excesso de umidade afeta na fermentação da bebida e prejudica a qualidade. Com isso, o café é vendido com classificação inferior e não remunera o cafeicultor”, explica Ferreira.
Em Franca (SP), a colheita já chegou a 30% e assim como nas demais regiões as primeiras amostras apontam pra uma redução no volume de grãos de peneiras maiores. Na região do cerrado mineiro, a situação não é diferente, em que a colheita chegou a 55 mil sacas e também registra grãos miúdos.
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Mercado interno
Os negócios no Brasil seguem lentos, mesmo com o dólar mais caro. Sérgio Carvalhaes explica que o momento é de espera, visto que os produtores estão focados nos trabalhos no campo e em busca de preços melhores. Com os atuais patamares, muitos estão esperando para realizar a negociação, por não cobrir os custos de produção.
Para o clima, a Somar Meteorologia informa que as chuvas devem persistir no Paraná e no sul de São Paulo, enquanto as demais regiões produtores permanecem com tempo seco. Além disso, a frente fria deve continuar estacionada apenas na região sul do país e manter temperaturas maiores nas demais regiões.
Na semana, o café cereja descascado a maior variação ocorreu em Poços de Caldas (MG), segundo levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas. Nesta praça, a saca de 60 kg teve um recuo de 2,16% nos preços e fecha negociada a R$ 454,00. Em Varginha (MG), os preços também recuaram e a saca encerra a semana valendo R$ 460,00.
Para o tipo 6, os preços recuaram 4,66% em Marília (SP), em que a saca está valendo R$ 410,00. Patrocínio (MG) também fecha a semana com saldo negativo, com a saca de 60 kg sendo negociada a R$ 420,00.
O café tipo 4 também fecha semana em baixa. A maior variação ocorreu em Franca (SP), em que a saca chegou a R$ 450,00. Já Guaxupé (MG) encerra a semana como maior valor dentre as principais praças de comercialização, com a saca a R$ 498,00.
Na quinta-feira (16), o indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou desvalorização de 0,16 % e a saca de 60 kg está cotada a R$ 416,93
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