Café: Mercado em NY interrompe trajetória de alta nesta 4ª feira com realização de lucros
Nesta quarta-feira (10), as cotações futuras do café arábica fecharam em baixa pressionadas por aspectos técnicos e realizando lucros frente aos ganhos recentes. Entretanto, o mercado também repercutiu durante boa parte do dia, quanto estava em alta, a estimativa para a safra 2015/16 do Brasil divulgada ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) que traz dados de uma safra menor do que as estimativas privadas divulgadas recentemente no mercado.
O contrato julho/15 fechou o pregão com 136,45 cents/lb e 90 pontos de baixa, o setembro/15 registrou 138,55 cents/lb e 100 pontos de recuo, enquanto o dezembro/15 anotou 141,95 cents/lb com 105 pontos de desvalorização. O vencimento março/16, mais distante, encerrou o dia com 146,90 cents/lb e queda de 110 pontos.
Segundo o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, os investidores continuam a se perguntar sobre a liquidez da safra brasileira e desta forma começaram a inverter suas apostas de curto prazo, deixando os níveis internacionais com certo suporte.
"Para amanhã, é possível que haja a manutenção desta trajetória de acomodação dos patamares vigentes e assim, nenhum grosseiro movimento especulativo está sendo esperado de forma fulminante", explica.
O dólar fechou em alta nesta quarta-feira e segundo agências internacionais isso também acabou ajudando a pressionar as cotações no fim da sessão. A moeda norte-americana fechou cotada a R$ 3,1147, em alta de 0,44%.
Ontem, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou a safra brasileira de café em 2015/16 em 44,28 milhões de sacas de 60 kg. O resultado foi influenciado por uma leve alta na estimativa para o café arábica e uma redução expressiva na expectativa para a variedade robusta.
O recuo que se observa no café robusta é de 13% devido a questões climáticas. A forte estiagem no período de formação e enchimento dos grãos, aliada às altas temperaturas na região produtora do estado do Espírito Santo, interferiram de maneira negativa na produtividade, informa a Companhia.
Já o café arábica deverá apresentar um acréscimo de 1,9%, graças principalmente à evolução da cultura na Zona da Mata mineira e também na produção do Paraná que se recupera da forte geada de 2013.
» Safra 2015 de café deve ficar em 44,28 milhões de sacas, estima Conab
Mercado interno
A colheita avança nas regiões produtoras do Brasil, mas o café não aparece na proporção desejada nas praças de comercialização, afirma Magalhães. Hoje, no mercado físico, os principais tipos registraram baixa seguindo Nova York ou permaneceram estáveis.
Segundo as previsões climáticas mais recentes, para os próximos 7 a 10 dias não há previsão de chuva.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 512,00 e queda de 0,97%. A variação mais expressiva ocorreu em Poços de Caldas-MG com R$ 476,00 a saca e baixa de 1,65%.
O tipo 4/5 também teve maior valor de negociação em Guaxupé-MG com R$ 511,00 a saca e queda de 0,97%. A oscilação mais expressiva no dia foi na cidade de Poços de Caldas-MG com baixa de 2,46% e saca cotada a R$ 436,00.
O tipo 6 duro teve maior valor na cidade de Franca-SP com R$ 480,00 - estável. A maior oscilação no dia foi registrada na cidade de Araguarí-MG onde a saca recuou 2,13%, para R$ 460,00.
Na terça-feira (9), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou valorização de 0,02% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 434,86.
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