Com 12 anos de atraso, PT assume incompetência e aposta nas privatizações, diz Caiado
O líder do Democratas no Senado, Ronaldo Caiado (GO), considerou que com 12 anos de atraso o PT assumiu sua incapacidade gerencial e resolveu delegar a iniciativa privada a administração de portos, ferrovias e rodovias. O senador fez o comentário logo após o anúncio do plano de concessões do governo Dilma que promete investimentos de R$ 198,4 bilhões e inclui uma série de obras anteriormente previstas no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), antes considerado pelo PT o maior programa de investimentos do País. Caiado ainda criticou a postura do ministro Nelson Barbosa que se preocupou em abrir sua explanação sobre o programa fazendo uma comparação com as privatizações no governo FHC.
“Com 12 anos de atraso o PT está admitindo sua incompetência gerencial e delegando essa função à iniciativa privada. Essa mesma iniciativa privada que foi demonizada por mais de uma década em relação às privatizações agora é vista como tábua de salvação do governo. É irônico. Durante o anúncio, o ministro Nelson Barbosa (Planejamento) gastou muito tempo falando do período FHC, de quem Dilma se tornou discípula nas privatizações”, avaliou o parlamentar.
Ronaldo Caiado apontou que esse atraso se reflete nos números, como a queda no PIB. “A taxa de investimentos em relação ao PIB regressou para valores de 2003. Já temos mais de uma década de PT e a base de comparação desde governo continua sendo taxas do início do século. É como se nada que aconteceu no país desde então tenha sido sólido o suficiente para se manter. Todos os nossos índices estão voltando para valores comparáveis ou piores do que os índices que o PT encontrou quando assumiu o país”, disse.
O senador ainda condenou a forma de financiamento dessas novas concessões com dinheiro do contribuinte a taxas abaixo da inflação por meio do BNDES, instituição que passa por uma grave crise de confiança. “Quem vai financiar essa empreitada do setor privado será o BNDES, instituição que passa por uma fase de desconfiança, a juros menores do que a inflação e utilizando de recursos do Tesouro, ou seja, dinheiro do contribuinte”, criticou.
“Esse modelo de governo já se esgotou e não há proposta requentada que esconda isso. Muitas privatizações e obras citadas hoje já tinham sido anunciadas no mandato anterior de Dilma. O próprio setor privado desconfia dos planos do governo porque entre aquilo que o Planalto anuncia e aquilo que acontece existe uma diferença muito grande”, finalizou o líder democrata.
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