Milho: Com queda do dólar, mercado amplia ganhos e julho/15 se aproxima dos US$ 3,60/bu na CBOT
Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) dão continuidade ao movimento positivo ao longo do pregão desta terça-feira (2). Por volta das 12h27 (horário de Brasília), as principais posições do cereal registravam ganhos de 5 pontos. O contrato julho/15 era cotado a US$ 3,57 por bushel, buscando os US$ 3,60 por bushel.
Conforme dados das agências internacionais, o principal fator de suporte aos preços do cereal é o dólar mais fraco nesta terça-feira frente à uma cesta de moedas. Os analistas, destacam que, o câmbio mais fraco acaba refletindo na competitividade das exportações norte-americanas. Em contrapartida, os investidores já especulam a respeito das previsões de chuvas para o Meio-Oeste dos EUA e os efeitos para as lavouras do cereal.
Enquanto isso, nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou que, até o último domingo (31), cerca de 95% da área já havia sido cultivada com o cereal. O percentual ficou levemente abaixo das expectativas dos participantes do mercado que, apostavam em número de 96%.
O órgão também informou que cerca de 84% das lavouras de milho já emergiram no país, até o momento. O volume está acima do registrado no mesmo período de 2014, de 77% e da média dos últimos cinco anos, de 79%. O departamento manteve o índice de plantações em boas ou excelentes condições, em 74%. Do mesmo modo, o percentual de plantas em situação regular e condições ruins também foram mantidos em 23% e 3%, respectivamente.
Já os investidores acreditavam em um número de lavouras em boas ou excelentes condições entre 75% a 76%. Em seu comentário no Farm Futures, Bryce Knorr, destacou que as previsões de precipitações, principalmente nos estados de Kansas e Missouri, estão movimentando as negociações no mercado internacional. Os analistas já tinham sinalizado que o clima e o andamento da safra norte-americana seria o foco dos negócios.
Mercado interno
A forte queda observada no dólar nesta terça-feira, o câmbio era cotado a R$ 3,14, com queda de 0,94%, já impactou o preço da saca do milho praticado no Porto de Paranaguá. A saca do produto, para entrega em outubro, caiu de R$ 28,00 para R$ 27,50.
No mercado interno, o cenário também se repete, na região de Santa Terezinha do Itaipu (PR), a saca do cereal recuou de R$ 22,00 para R$ 19,00. O valor, segundo o produtor rural do município, Ademir Fontana, cobre os custos de produção, porém, deixa margem ajustada aos agricultores. Enquanto isso, a produção da segunda safra caminha muito bem, não só na região, mas na maioria das localidades produtoras do país.
Inclusive, esse é o principal fator de pressão sobre os preços no cenário interno. Assim como, os estoques elevados contribuem para o tom negativo nas cotações.
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