Milho: Com plantio dentro do esperado nos EUA, mercado tenta consolidar 2º dia de alta em Chicago
No início do pregão desta terça-feira (2), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) trabalham do lado positivo da tabela. As principais posições da commodity exibiam leves altas entre 2,75 e 3,00 pontos, por volta das 7h27 (horário de Brasília). O contrato julho/15 era cotado a US$ 3,55 por bushel.
De acordo com boletim de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), reportado no final desta segunda-feira, o plantio alcançou 95% da área estimada para essa temporada até o último domingo (31). O número ficou pouco abaixo das estimativas dos participantes do mercado, de 96%.
Além disso, em torno de 84% das lavouras do cereal já emergiram até o momento. O percentual está acima do registrado no mesmo período do ano anterior, de 77% e da média dos últimos cinco anos, de 79%. O órgão manteve o índice de lavouras em boas ou excelentes condições em 74%, 23% estão em situação regular e 3% apresentam condições ruins.
Os investidores apostavam em número de lavouras em boas ou excelentes condições entre 75% a 76%. Ainda segundo dados do site Farm Futures, o tempo permanece favorável para o milho no Meio-Oeste dos EUA, com chuva prevista nos próximos dias. "Já nos próximos 6 a 10 dias, as precipitações deverão reduzir e o clima deverá ficar um pouco mais quente, que contribuirá para o desenvolvimento da safra", disse Bob Burgdorfer, da Farm Futures.
Confira como fechou o mercado nesta segunda-feira:
Milho: Em sessão volátil, mercado fecha com ligeira alta em Chicago à espera dos números do USDA
Na sessão desta segunda-feira (1), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) terminaram com ligeira alta. Em um pregão marcado pela volatilidade, as principais posições do cereal operaram dos dois lados da tabela, mas fecharam o dia com ganhos entre 0,50 e 1,00 pontos. O vencimento julho/15 era cotado a US$ 3,52 por bushel.
Ao longo do dia, os investidores trabalharam de maneira mais cautelosa, à espera, principalmente do relatório de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O boletim será divulgado no final da tarde de hoje e deverá trazer o plantio do cereal da safra 2015/16 completo em 96% da área, conforme estimativas dos participantes do mercado.
Em meio às perspectivas favoráveis de clima, a projeção também é que o órgão revise para cima o índice de lavouras em boas ou excelentes condições, que poderá ficar entre 75% a 76%. Por enquanto, as previsões climáticas ainda apontam chuvas para o Meio-Oeste do EUA, entre os dias 8 a 14 de junho. Precipitações que, até o momento, não representam um risco para a cultura, conforme destaca o site internacional Farm Futures.
"E a boa perspectiva da safra norte-americana tem deixado os consumidores internacionais e traders em situação mais tranquila. Com isso, as empresas não têm vindo ao mercado para a realização de compras antecipadas", destaca o analista de mercado da Cerrado Corretora, Mársio Ribeiro.
Ainda hoje, o departamento norte-americano reportou os embarques semanais, até a semana encerrada no dia 28 de maio, em 975,985 mil toneladas do grão. As expectativas do mercado estavam entre 840 mil a 1,04 milhão de toneladas. O número ficou abaixo do observado na semana anterior, de 1.007,891 milhão de toneladas.
No total acumulado da temporada, o volume é de 31.897,668 milhão de toneladas, contra 33.676,943 milhões do mesmo período da safra anterior. O USDA estima ainda que, em todo o ano comercial 2014/15, sejam exportadas 46,36 milhões de toneladas.
Outro fator negativo aos preços do cereal, conforme dados das agências internacionais, é a redução do consumo de etanol no país, segundo projeção da Agência Ambiental dos EUA (EPA) divulgado na última sexta-feira. A redução nas metas de consumo de 2014 a 2016 totalizaram 3,5 bilhões de galões, de acordo com informações das agências internacionais. No período, o número representa uma demanda de 1,5 bilhão de bushels menor do cereal.
Mercado interno
No Porto de Paranaguá, a saca do milho para entrega em novembro, terminou a segunda-feira (1) na estabilidade. “Esse patamar no porto ainda é interessante aos produtores, talvez, com exceção do norte do MT”, destaca Ribeiro.
No mercado interno, a perspectiva de uma segunda safra de milho favorável no Brasil continua fator de pressão nas cotações do cereal. A perspectiva é que os produtores brasileiros colham mais de 50 milhões de toneladas do cereal nesta temporada. "Esse seria um volume expressivo e representa um risco para depreciação dos preços do cereal. Também temos os estoques de passagem próximos de 17 milhões de toneladas. Com isso, a orientação é que os produtores acompanhem o mercado e fazer vendas apenas para cobrir as despesas mais imediatas. A tendência é que os preços subam no segundo semestre ou no final do ano", alerta Ribeiro.
Em relação à comercialização da segunda safra de milho, a consultoria AgRural divulgou no final da semana anterior que, o percentual negociado atingiu 48% na safra estimada no Centro-Sul do país. Em abril, o percentual era de 44%. Ainda na avaliação da consultoria, com a queda nas cotações futuras do cereal e a perspectiva de maior oferta no mercado interno deixaram os negócios mais lentos.
Entretanto, a comercialização está mais adiantada do que observado no mesmo mês de 2014, quando a negociação estava em 27% da produção. Entre os estados com maior índice de comercialização do grão estão o Mato Grosso, com 66% já negociado, Mato Grosso do Sul, com 50% e o Paraná, com 24%.
Exportações brasileiras
As exportações brasileiras de milho totalizaram o mês de maio com volume de 38,8 mil toneladas. A média diária ficou em 1,9 mil toneladas do grão no mesmo período. Em comparação com o mês anterior, o número representa uma queda de 75,6%.
Em abril, o país embarcou cerca de 159,2 mil toneladas do cereal, com média diária de 8 mil toneladas. Já em relação ao mesmo período de 2014, o volume representa uma redução de 67,8%. Em maio do ano anterior, as exportações somaram 126,5 mil toneladas, com média diária de 6 mil toneladas do grão.
Os embarques do cereal renderam ao país uma receita de US$ 6,8 milhão, durante o mês de maio. A média para o período foi de US$ 0,3 milhão. Em igual período de abril, o número ficou em US$ 32 milhões, com média de US$ 1,6 milhão.
As informações são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e foram reportados pela Secretaria de Comércio Exterior nesta segunda-feira (1).
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