Milho: À espera de novidades, preços operam próximos da estabilidade em Chicago
A sessão desta segunda-feira (1) é de volatilidade aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). Os contratos do cereal que já chegaram a trabalhar em campo positivo recuaram e, por volta das 12h09 (horário de Brasília) exibiam leves quedas entre 0,75 e 1,25 pontos. O vencimento julho/15 era cotado a US$ 3,50 por bushel, mesmo patamar de abertura do pregão.
O clima favorável nos Estados Unidos e bom encaminhamento da safra 2015/16 no país permanecem como fatores negativos aos preços da commodity. Consequentemente, os investidores operam de maneira mais cautelosa na sessão de hoje, uma vez que depois do fechamento das negociações, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reporta novo boletim de acompanhamento de safras.
De acordo com informações do site internacional Farm Futures, a perspectiva é que o órgão indique o plantio finalizado no país. Além disso, o percentual de lavouras do cereal em boas ou excelentes condições poderia subir de 74%, indicado na semana anterior, para 75%. Ainda nessa semana, as chuvas deverão ficar concentradas no noroeste do cinturão produtor do cereal.
"E a boa perspectiva da safra norte-americana tem deixado os consumidores internacionais e traders em situação mais tranquila. Com isso, as empresas não têm vindo ao mercado para a realização de compras antecipadas", destaca o analista de mercado da Cerrado Corretora, Mársio Ribeiro.
Paralelamente, o relatório de embarques semanais, divulgado pelo USDA, indicou que, até a semana encerrada no dia 28 de maio, as vendas totalizaram 975,985 mil toneladas do grão. O número ficou abaixo do reportado na semana anterior, de 1.007,891 milhão de toneladas de milho.
Outro fator de pressão sobre os preços do cereal, conforme dados das agências internacionais, é a redução do consumo de etanol no país, segundo projeção da Agência Ambiental dos EUA (EPA) divulgado na última sexta-feira. A redução nas metas de consumo de 2014 a 2016 totalizaram 3,5 bilhões de galões, de acordo com informações das agências internacionais. No período, o número representa uma demanda de 1,5 bilhão de bushels menor do cereal.
Mercado interno
Enquanto isso, a saca do cereal, para entrega em novembro, é cotada a R$ 28,00 no Porto de Paranaguá. No mercado interno, a perspectiva de uma segunda safra de milho favorável no Brasil continua fator de pressão nas cotações do cereal.
A projeção é que os produtores brasileiros colham mais de 50 milhões de toneladas do cereal nesta temporada. "Esse seria um volume expressivo e representa um risco para depreciação dos preços do cereal. Também temos os estoques de passagem próximos de 17 milhões de toneladas. Com isso, a orientação é que os produtores acompanhem o mercado e fazer vendas apenas para cobrir as despesas mais imediatas. A tendência é que os preços subam no segundo semestre ou no final do ano", alerta Ribeiro.
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