Milho: Produtores rurais de Sinop (MT) ainda não receberam leilões de Pepro do ano passado
Os produtores rurais de Sinop (MT) que participaram dos leilões de Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor) para o milho no ano passado ainda não receberam o prêmio. De acordo com o presidente do Sindicato Rural do município, Antônio Galvan, até o final de 2014, os agricultores só receberam os prêmios dos leilões realizados em 2013.
E por enquanto não há nenhuma sinalização, por parte do Governo, de quando os valores serão pagos aos produtores. A situação já tem preocupado os agricultores, uma vez que, as cotações do cereal já recuaram, de R$ 17,00 a R$ 16,00, para R$ 13,00 a R$ 14,00, e no momento da concentração da colheita, entre os meses de junho e julho, os valores poderiam chegar até R$ 10,00 a saca, conforme destaca o presidente.
“Estamos em um grande dilema, pois se não tivermos a intervenção do Governo no mercado teremos dificuldades em escoar a safra. Isso sem contar os custos para a próxima safra precisaríamos de um valor ao redor de R$ 15,00 para cobrir os custos de produção e se chegarmos ao nível de R$ 10,00, teremos uma defasagem de 33%”, diz Galvan.
Paralelamente, o presidente destaca que há a preocupação com os custos para a próxima safra. “Até o custeio está atrasado e será reportado mais adiante. Esse é um ano muito preocupante aos produtores rurais. Com isso, os agricultores devem buscar uma empresa melhor para fazer os negócios e não assumir risco”, orienta.
Safrinha
Além disso, as chuvas constantes também são uma preocupação dos produtores, já que podem afetar a qualidade dos grãos. Na semana anterior, algumas propriedades receberam até 100 mm de precipitações, em uma só noite.
“Nas lavouras cultivadas por último, ainda podemos ter problemas com as doenças nas plantações, principalmente com as doenças. Porém, os produtores reduziram a utilização de tecnologia e isso não terá uma influência muito grande na produtividade. Esperamos um rendimento próximo de 6 toneladas por hectare até 9 toneladas por hectare, cerca de 150 sacas por hectare. A média do estado deverá ficar ao redor de 5 toneladas por hectare”, relata.
Já em relação à comercialização, o presidente ainda sinaliza que com a recente queda nos preços, os negócios caminham de forma mais lenta. “As empresas compram apenas o necessário para tocar a indústria. E o produtor que já negociou parte da safra, terá que estocar parte da produção, o que preocupa, já que temos o plantio da soja em setembro e janeiro já iniciamos a colheita”, finaliza Galvan.
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