Milho: Mercado foca o andamento da safra norte-americana e exibe ligeiros ganhos
Ao longo dos negócios desta quarta-feira (13), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) operam próximos da estabilidade. As principais posições do cereal exibiam ganhos entre 0,25 e 1,50 pontos, por volta das 13h58 (horário de Brasília). O vencimento maio/15 era cotado a US$ 3,56 por bushel, mesmo patamar observado no início do pregão.
Depois dos impactos do relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), reportado nesta terça-feira (12), os investidores voltaram a focar o clima e o andamento do plantio da safra 2015/16 no país. Segundo o analista de mercado da FCStone, Étore Baroni, a tendência é que as cotações permaneçam trabalhando próximas do patamar de US$ 3,60 por bushel.
"Os participantes do mercado irão continuar observando o andamento do plantio e da safra norte-americana. E para que os preços praticados em Chicago voltem a subir teremos que ter um problema na produtividade das lavouras, porém, ainda é muito cedo para falar sobre isso", explica o analista.
Até o momento, os produtores norte-americanos têm conseguido avançar com os trabalhos nos campos sem grandes preocupações. De acordo com o USDA, a semeadura do grão chegou a 75% da área estimada para essa temporada até o último domingo. E, por enquanto, o clima tem contribuído para o desenvolvimento das plantações. Cerca de 29% das plantas já emergiram, ainda segundo informações do departamento.
Ainda ontem, o órgão trouxe as primeiras projeções para a safra norte-americana de milho, que deverá totalizar 346,22 milhões de toneladas, contra 361,11 milhões de toneladas da temporada anterior. "Tivemos um relatório neutro no caso do milho. A área plantada é menor nesta safra em detrimento de que os preços da soja, mais competitivos, fez com que os produtores adicionassem área à cultura e reduzissem a área com o milho. Mas temos números dos estoques finais americanos muito próximos com o observado no ciclo anterior. E no mundo, os estoques também são elevados", destaca Baroni.
Mercado interno
No mercado brasileiro, as cotações ainda permanecem pressionadas devido à perspectiva de uma boa safrinha de milho. Por enquanto, o clima tem favorecido o andamento da safra brasileira e a perspectiva é que os produtores colham uma segunda safra acima de 50 milhões de toneladas.
"Temos ainda espaço par ver as cotações em níveis mais baixos à medida que iniciarmos a colheita da segunda safra", explica Baroni.
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