Milho: Após ganhos do dia anterior, mercado inicia sessão desta 4ª feira com ligeiras perdas
As principais posições do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) voltaram a operar em campo negativo no início na sessão desta quarta-feira (13). Por volta das 7h49 (horário de Brasília), os contratos do cereal exibiam perdas entre 0,25 e 2,00 pontos. O vencimento maio/15 era cotado a US$ 3,56 por bushel.
No dia anterior, as cotações da commodity exibiram leves ganhos influenciadas pelos números reportados no boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O órgão indicou a safra 2015/16 de milho no país em 346,22 milhões de toneladas, projeção próxima das expectativas dos participantes do mercado que apostavam em uma produção ao redor de 344,19 milhões de toneladas.
Na safra passada, os produtores norte-americanos colheram 361,11 milhões de toneladas de milho. Em comparação com a temporada anterior, o departamento ainda reduziu as estimativas para os estoques finais, que deverão somar 44,35 milhões de toneladas e aumentou a projeção para as exportações para 48,26 milhões de toneladas do grão.
Contudo, os investidores ainda permanecem observando a evolução do clima no país, já que os agricultores ainda precisam terminar o plantio do cereal. Porém, até o momento, não há preocupações, uma vez que, os produtores têm conseguido avançar com a semeadura do cereal que até o último domingo (10) chegou a 75%, conforme divulgação do USDA.
Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:
Milho: Em Chicago, mercado reflete números do USDA e encerra sessão com leves ganhos
Na Bolsa de Chicago (CBOT), as cotações futuras do milho encerraram o pregão desta terça-feira (12) em campo misto. Apenas o vencimento maio/15 terminou o dia em queda, de 1,25 pontos, cotado a US$ 3,57 por bushel. Já as demais posições exibiram ligeiros ganhos, de 0,50 pontos.
Ao longo da sessão, o mercado operou com pequenas oscilações, em compasso de espera para o relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Nesta terça-feira, órgão reportou as novas estimativas para a safra dos EUA e mundial da safra 2014/15 e também as primeiras projeções para a temporada 2015/16.
Os investidores aguardavam as informações sobre a nova safra norte-americana. O órgão indicou a produção de milho do país em 346,22 milhões de toneladas, número próximo da expectativa dos participantes do mercado que, apostavam em uma safra de 344,19 milhões de toneladas. Ainda assim, o volume previsto é menor do que o colhido na safra passada, de 361,11 milhões de toneladas.
A produtividade média das lavouras deverá ficar em 176,55 sacas por hectare nesta temporada., contra 180,97 sacas por hectare da safra passada, conforme estimativas do USDA. O volume destinado à produção de etanol ficou em linha com o número da produção passada, de 132,09 milhões de toneladas. Já os estoques finais da safra nova são esperados ao redor de 44,35 milhões de toneladas. E as exportações da safra nova deverão somar 48,26 milhões de toneladas do grão.
Da safra 2014/15, o mercado esperava a projeção para os números dos estoques finais. O departamento indicou os estoques em 47,02 milhões de toneladas, número acima das expectativas dos investidores, de 46,94 milhões de toneladas, e do indicado no boletim de abril, de 46,42 milhões de toneladas.
"“O departamento indicou uma safra menor, mas o consumo será maior. E ainda não temos certeza se os produtores norte-americanos irão colher toda essa safra. O aumento nas exportações dos EUA é um sinal positivo, que acreditam em uma demanda maior, principalmente do setor de ração e etanol. Com isso, os preços do cereal que chegaram ao fundo do poço podem sair desse patamar dos US$ 4,00 por bushel nos contratos mais longos para um nível acima, ao redor de US$ 4,50 por bushel”, destaca o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.
Segundo informações reportadas pelo site internacional Agrimoney.com, as projeções da safra norte-americana e estoques abaixo do que o esperado pelo mercado acabou dando suporte aos preços do cereal. Ainda assim, os analistas destacam que o foco do mercado é o clima no país o andamento da semeadura da nova safra norte-americana.
Ainda ontem, o departamento informou que cerca de 75% da área esperada para esse ciclo já havia sido semeada até o último domingo (10). A projeção está em linha com as expectativas dos investidores do mercado. No mesmo período do ano anterior, a semeadura estava completa em 55% da área e a média dos últimos cinco anos é de 57%. O índice de plantas que já emergiram subiu de 9%, na semana anterior, para 29%. A média dos últimos anos é de 24% e o percentual registrado em igual período de 2014 é de 16%.
Mercado interno
No Porto de Paranaguá, a saca do milho, para entrega outubro/15, subiu R$ 0,20 e terminou o dia a R$ 27,50. Apesar da ligeira alta registrada no mercado internacional, a queda do câmbio acabou limitando o potencial de ganhos das cotações. A moeda norte-americana fechou a terça-feira a R$ 3,02, com queda de 0,79%.
Os preços ainda têm sido pressionados pelas boas perspectivas em relação à segunda safra no Brasil. Na região de Oeste do estado do Paraná, a saca do milho balcão é cotada a R$ 19,60 e as indicações de preços estão na faixa de R$ 22,00, conforme sinaliza o economista da Granoeste Corretora de Cereais, Camilo Motter. Segundo dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) informou que, o bom regime de chuvas tem contribuído para o bom desenvolvimento das lavouras, que estão, em sua maioria, na fase de pendaomento e enchimento de grãos.
Diante desse quadro, a expectativa é que sejam colhidas mais de 47 milhões de toneladas de milho, conforme projeções da companhia. No entanto, algumas consultorias já indicam uma safrinha acima de 50 milhões de toneladas.
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