Milho: Mercado reverte perdas e opera com leves altas em Chicago; maio/15 se aproxima dos US$ 3,80/bu
Ao longo das negociações nesta sexta-feira (17), as cotações do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) reverteram as perdas e voltaram a trabalhar em campo positivo. Por volta das 12h38 (horário de Brasília), as principais posições da commodity registravam altas entre 3,50 e 4,25 pontos. O contrato maio/15 era cotado a US$ 3,80 por bushel, após ter iniciado o dia a US$ 3,75 por bushel.
Depois de uma semana volátil, as cotações operam de maneira muito técnica em meio à falta de novas informações no mercado, conforme destacam os analistas. Até o momento, o clima nos Estados Unidos, continua sendo observado pelos investidores, entretanto, não há uma modificação no padrão climático no país. As previsões climáticas ainda indicam chuvas nos próximos dias.
Já na próxima semana, entre quarta e quinta-feira, uma onda de frio deve chegar ao Meio-Oeste do país. Caso seja confirmada, a situação deverá impactar o ritmo do plantio do cereal e, consequentemente, poderá refletir nos preços da commodity.
Em seu primeiro boletim, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indicou o plantio completo em 2% da área estimada nesta safra até o último domingo. A média histórica dos últimos cinco anos é de 5%.
De acordo com informações do site internacional Farm Futures, o clima mais úmido permanecerá dando suporte aos preços do cereal. Por outro lado, os produtores norte-americanos deverão plantar uma grande safra, suficiente para atender a demanda. A perspectiva é que sejam colhidas 361,11 milhões de toneladas do grão nesta temporada.
Mercado interno
No Brasil, as cotações do cereal no Porto de Paranaguá trabalham estáveis, em R$ 28,50 a saca (para entrega em outubro). Para o consultor de mercado de Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado passa por um momento de acomodação. Os compradores tentam forçar o preço para baixo, mas nos patamares de R$ 27,00 a R$ 28,00 não há vendedores.
Contudo, é consenso entre os analistas de que no segundo semestre, especialmente com o aquecimento das exportações brasileiras, as oportunidades de negociação sejam melhores. Além disso, a perspectiva é positiva para a demanda, principalmente do setor de rações.
Enquanto isso, as lavouras da segunda safra apresentam condições, apesar das preocupações iniciais. Nesta sexta-feira, a Consultoria Céleres estimou que a safrinha poderá totalizar 50 milhões de toneladas, um recorde de produção. O número está acima da última projeção da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), de 48,7 milhões de toneladas de milho.
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