Em Buri (SP), clima mais seco pode afetar a produtividade das lavouras de milho cultivadas tardiamente
O clima mais seco registrado nos últimos dias na região de Buri (SP) pode afetar a produtividade das lavouras de milho safrinha, especialmente as cultivadas a partir da segunda quinzena de fevereiro e início de março. Além disso, as temperaturas mais baixas e os dias nublados, que favorecem a proliferação de doenças, também são preocupações dos produtores e podem refletir no rendimento das plantações.
Segundo o produtor rural do município, Frederico d’Avila, o cenário acaba desfavorecendo a polinização das plantas. Em média, os agricultores conseguem colhe entre 140 a 150 sacas do grão por hectare em áreas irrigadas e entre 110 a 130 sacas de milho em áreas de sequeiro. Na contramão desse cenário, as lavouras semeadas no final de janeiro e início de fevereiro apresentam boas condições, uma vez que as chuvas apareceram ao longo dos dois últimos meses.
Além disso, nesta safra, muitos produtores enfrentam problemas com o aparecimento das lagartas, o que tem aberto espaço para o debate sobre a eficiência das tecnologias utilizadas. “O que vimos na produção de verão foi assustador. As empresas até reduziram os preços das sementes, porém, não foi o suficiente para arcar com os custos com as aplicações de inseticidas. Chegamos a fazer até 3 pulverizações na safra de verão”, destaca o produtor.
Enquanto isso, as cotações da saca do produto giram em torno de R$ 24,00 a R$ 25,00. No entanto, d’Avila sinaliza que as vendas estão mais lentas, já que os compradores estão abastecidos. “E aqui no estado, temos uma safra de milho intermediária, feita após o feijão. As plantas são semeadas entre o final de novembro e começo de janeiro e começam a ser colhidas agora. Não é volumosa, mas constante e, com isso, temos essa oferta bem pontual”, explica.
Trigo
Logo após a colheita do milho safrinha, os agricultores irão investir na cultura do trigo. Mas, apesar da proximidade, há uma indecisão por parte dos produtores devido à insegurança no mercado. As compras e área cultivada serão definidas no final do mês de abril.
“Temos preços razoáveis nesse momento, mas há uma incerteza mais adiante. Podemos ter problemas com o recuo das cotações e baixa liquidez no mercado. Dificilmente os agricultores irão arriscar nesta safra”, acredita d’Avila.
Soja
Em toda a região, os produtores conseguiram alcançar altas produtividades com a cultura da soja na safra de verão. Em média, o rendimento ficou acima de 60 sacas por hectare, com casos de até 70 sacas de soja por hectare. Já os preços estão ao redor de R$ 63,00 a R$ 64,00 a saca.
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