Pecuaristas comemoram a liberação do uso de produtos à base de avermectinas
A liberação para o uso dos produtos à base de avermectinas de longa duração causou alívio para os pecuaristas que dependem dos medicamentos para o controle de endo e ectoparasitas em bovinos, estes responsáveis por perdas de até 40 quilos por animal/ano.
Nesta semana, o juiz federal substituto do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, na seção judiciária do Distrito Federal, Victor Cretella Passos Silva, suspendeu os efeitos da Instrução Normativa n.° 13 que proibia a fabricação, manipulação, fracionamento, comercialização, importação e uso de produtos antiparasitários de longa ação que contenham como princípio ativo as avermectinas. A ação ordinária foi proposta pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan) no mês de maio do ano passado.
Na sentença o autor argumentou que a suspensão do uso do produto não se fundamenta na existência de qualquer perigo à saúde ou à segurança pela utilização da substância que foi proibida, mas no suposto perigo ao fechamento do mercado internacional, sem que se tivesse sido demonstrado ou provado qualquer fato nesse sentido.
Para médico veterinário e diretor da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Francisco Manzi, a proibição que por 9 meses tirou das prateleiras o medicamento, numa medida sem base técnica ou cientifica, causou surpresa no setor. Segundo ele, embora ainda de forma liminar, a liberação dos produtos à base de avermectina de longa duração foi nada mais do que uma conscientização da real importância do medicamento.
“Há mais de uma década o produto, que passou por rigorosos testes de biossegurança feitos tanto em laboratório quando em campo, tinha sito aprovado pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)”, explica. A Acrimat acredita que em breve a suspensão da proibição seja definitiva. “Assim poderemos novamente contar com esses produtos que auxiliam no manejo, no desempenho e na lucratividade da atividade”.
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