Milho: Com suporte do câmbio, preço sobe 5,45% e chega a R$ 29,00 no Porto de Paranaguá
No mercado interno, a segunda-feira (2), foi de estabilidade aos preços do cerela. De acordo com levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Bitencourt Lopes, nas principais praças, as cotações permaneceram inalteradas.
Já no Porto de Paranaguá, o valor da saca subiu 5,45% nesta segunda-feira, com preço de R$ 29,00, para entrega em outubro de 2015. A cotação foi impulsionada pela forte alta do dólar observada neste início de semana. A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 2,7152 na venda, com alta de 0,96%.
Exportações brasileiras
Até a 5ª semana de janeiro, as exportações brasileiras de milho totalizaram 3.195,4 milhões de toneladas, com média diária de 152,2 mil toneladas. Ao todo, os embarques renderam ao Brasil em torno de US$ 593,5 milhões e com média diário de US$ 28,3 milhões.
Em comparação com dezembro, houve uma queda de 1,7% no volume embarcado. Ainda assim, em relação ao mesmo período do ano passado, as exportações apresentam uma elevação de 14,4%. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e foram reportadas pela Secretaria de Comércio Exterior.
BM&F Bovespa
As cotações do milho na BM&F Bovespa fecharam o pregão desta segunda-feira do lado negativo da tabela. As principais posições do cereal exibiram desvalorizações entre 0,77% e 1,02%. Apenas o vencimento setembro/15 encerrou o pregão com ligeira alta, de 0,35%, cotado a R$ 28,30 a saca.
O mercado exibiu um movimento de realização de lucros, depois dos fortes ganhos registrados na semana anterior. Por enquanto, os analistas destacam que o mercado está mais atrelado ao andamento do dólar. Entretanto, a partir de meados de fevereiro, as intenções e especulações sobre a safrinha irão nortear os negócios na bolsa brasileira.
Bolsa de Chicago
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho terminaram a sessão com leve queda. Ao longo do dia, as cotações até esboçaram uma reação e tentaram se manter em campo positivo, porém, o movimento não foi sustentado e os preços voltaram a recuar, com desvalorizações entre 0,25 e 0,75 pontos. O vencimento março/15 era cotado a US$ 3,69 por bushel.
Segundo dados do noticiário internacional, os preços foram pressionados pelo fraco desempenho dos embarques semanais. De acordo com dados reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) os embarques do cereal ficaram em 661,67 mil toneladas de milho até a semana encerrada no dia 29 de janeiro de 2015. O número ficou abaixo do registrado na semana anterior, de 886,82 mil toneladas do grão.
No total acumulado do ano safra, ao redor de 14.944,81 milhões de toneladas já foram comprometidas, volume pouco acima do registrado no ano safra anterior, de 14.612,03 milhões de toneladas. Para essa safra, a estimativa do departamento norte-americano é que sejam embarcadas em torno de 44.550,00 milhões de toneladas.
Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou a venda de 132.600 mil toneladas de milho ao México. Do total, cerca de 121.550 mil toneladas serão entregues na temporada 2014/15 e o restante, 11.050 mil toneladas, será entregue durante o ano comercial 2015/16. A venda não foi suficiente para dar suporte aos preços nesta segunda-feira.
Durante as negociações, as preocupações com o conflito entre a Ucrânia e a Rússia, que parece entrar em uma nova fase, mais perigosa, também teve influência nos negócios, de acordo com o site internacional Farm Futures. A expectativa é que essa situação afete os embarques do produto. No ano passado, as preocupações e especulações com esse cenário, deram suporte aos preços do milho no mercado internacional.
Contudo, os analistas destacam que o mercado do cereal ainda trabalha de maneira muito técnica em Chicago. Entretanto, os participantes do mercado começam a dar mais atenção ao andamento da safra da América do Sul. Na Argentina, a safra deverá ser maior do que o esperado e, no caso do Brasil, há a colheita do milho da safra de verão, há relatos de produtividades favoráveis em algumas localidades.
Veja como fecharam os preços nesta segunda-feira:
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