Milho: Frente às recentes quedas, mercado esboça reação na manhã desta 5ª feira na CBOT
Na manhã desta quinta-feira (22), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) exibem ligeira alta. Por volta das 9h11 (horário de Brasília), as principais posições da commodity registravam leves ganhos entre 1,25 e 1,75 pontos. A posição março/15 era cotada a US$ 3,89 por bushel.
As cotações esboçam uma reação após as perdas observadas no pregão anterior. Nesta quarta-feira, o mercado do cereal foi pressionado pelo cenário fundamental, o quadro confortável entre a oferta e demanda. Além disso, com a recente e contínua perda nos preços do petróleo, há muita especulação no mercado em relação à uma possível desaceleração na produção de etanol nos Estados Unidos.
De acordo com informações do noticiário internacional, a empresa Green Biologic, que tem planta em Minnesota, anunciou nesta quarta-feira, que transformará a fábrica de etanol em uma unidade de agroquímicos. A expectativa de redução na demanda interno do país acontece em meio à produção recorde de milho nos EUA e também à perspectiva de uma boa safra esperada da América do Sul.
Em seu último boletim de oferta e demanda, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indicou a safra do Brasil em 75 milhões de toneladas e da Argentina em 22 milhões de toneladas na temporada 2014/15.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Milho: Com foco nos fundamentos, mercado fecha sessão com ligeiras quedas em Chicago
Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) finalizaram o pregão desta quarta-feira (21) do lado negativo da tabela. Ao longo dia, as cotações do cereal até esboçaram uma reação, mas o movimento não foi sustentado e os contratos encerraram a sessão com perdas entre 1,50 e 2,25 pontos. O vencimento março/15 era cotado a US$ 3,88, depois de ter encerrado o dia anterior a US$ 3,90 por bushel.
Mais uma vez, o mercado exibiu um movimento de realização de lucros, após os ganhos observados no pregão anterior, influenciados pelos números dos embarques semanais, reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O número indicado em 747,634 mil toneladas de milho, ficou acima das expectativas do mercado, o que deu suporte aos preços.
Entretanto, em meio à situação confortável entre oferta e demanda, os analistas já explicavam que, seriam necessários novos fatores e informações para que os preços voltassem a subir. Ainda assim, a tendência era que as cotações do cereal operassem no intervalo entre US$ 3,20 a US$ 4,00 por bushel no mercado internacional.
De acordo com dados divulgados pelo site Agrimoney, a expectativa é que o primeiro semestre de 2015 ainda seja de pressão nos preços do cereal, frente aos estoques elevados nos Estados Unidos, conforme projeção do banco Macquarie. Em seu último boletim de oferta e demanda, o USDA indicou os estoques finais de milho em 47,68 milhões de toneladas.
Entretanto, as primeiras estimativas para a safra 2015/16 no país podem ser o impulso para que haja uma reversão nos preços, ainda de de acordo com informações do banco. "Nós esperamos ver mais perdas na área destinada ao cereal na próxima safra, com os altos custos logísticos, os produtores podem cultivar mais soja, especialmente nas planícies ao Norte do país", ressalta o analista de mercado da Macquarie, Colin Hamilton.
Na previsão do banco, os preços podem oscilar em torno de US$ 4,00 por bushel, no final de 2015. Por outro lado, os investidores também observam e seguem atentos ao comportamento dos preços do petróleo, que podem afetar a competitividade do etanol.
Mercado interno
Apesar da queda do dólar, o preço da saca do milho registrou ligeira valorização de 1,85% no Porto de Paranaguá nesta quarta-feira. A saca encerrou o dia negociada a R$ 27,50, para entrega em setembro de 2015, segundo levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas.
Em São Gabriel do Oeste (MS), em contrapartida, o dia foi de queda de 5,00%, com a saca do cereal cotada a R$ 19,00. Nas demais praças o dia foi de estabilidade. A ampla disponibilidade de grãos no mercado interno, com o início da colheita e os produtores ofertando o produto para limpar os armazéns para a chegada da soja, permanece como o principal fator de pressão nos preços.
Segundo estimativa da Céleres Consultoria, a safra de verão deverá totalizar 35,3 milhões de toneladas, no mês anterior o número estimado ficou próximo de 36,1 milhões de toneladas. Porém, com as chuvas irregulares, nas principais regiões produtoras da primeira safra, especialmente Minas Gerais, Goiás e Bahia, fez com que a consultoria revisasse as estimativas. Dados do Inmet indicam que a frente fria deverá romper o bloqueio atmosférico e as chuvas retornarão, ainda de forma irregular, para as regiões Sudeste e Centro-Oeste.
Já em relação à safrinha, a área deverá ter uma redução em torno de 10%, conforme dados do site Agrimoney. O analista internacional, Ph. D. em agronomia, Michael Cordonier, explica que, com os preços mais baixos e as adversidades climáticas, são fatores que desestimularam os produtores brasileiros. A perspectiva é que a área cultivada com o grão fique abaixo de 9,2 milhões de hectares, indicados pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
Além disso, a janela ideal de plantio da segunda safra está bastante estreita, devido ao atraso da semeadura da soja. Em sua última projeção, divulgada no início da semana, a consultoria Safras & Mercado, reportou que cerca de 3,1% da área destinada ao cereal já havia sido cultivada, contra 0,8% no mesmo período do ano passado.
BM&F Bovespa
As cotações do cereal recuaram pelo 2º dia consecutivo na BM&F Bovespa. As principais posições do milho finalizaram o dia com desvalorizações entre 1,11% e 1,83%. A posição março/15 era cotada a R$ 28,91 a saca, com queda de 1,53%.
A queda do dólar, foi o principal fator de pressão sobre as cotações do cereal. A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 2,6066 na venda, com perda de 0,32%. Na mínima da sessão, o câmbio tocou o patamar de R$ 2,5853.
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