Argentina vende US$ 24 bi em soja para tentar estabilizar economia e ajudar Banco Central
Produtores rurais argentinos exportaram US$ 365 milhões de um total de US$ 24,1 bilhões da safra de grãos e oleaginosas do país nos últimos dois dias de 2014 para impulsionar as reservas do Banco Central local, segundo informou a agência internacional de notícias Bloomberg. Em outubro, as reservas da instituição argentina recuaram para as mínimas em sete anos, de acordo com uma nota divulgada pelo grupo Ciara-Cec. Um último recorde de exportações em um volume como esse foi registrado em 2011, com um valor de US$ 25,1 bilhões.
As reservas argentinas, que despencaram 37% para US$ 27,3 bilhões antes do acordo entre o governo e os exportadores, estavam, no final do ano, em US$ 31,4 bilhões, segundo um levantamento do Banco Central do país. "A significativa colheita de 2014 e mais as medidas adotadas pelo governo durante a primeira metade do ano passado foram fundamentais para estabilizar a economia", disse um economista do Barclays Plc, de Nova York, Sebastian Vargas.
As vendas do quarto trimestre do ano passado ajudaram a estabilizar ligeiramente a economia da Argentina, que conta com, aproximadamente, um terço de suas exportações vindas das commodities. Em outubro passado, o governo da presidente Cristina Kirchner persuadiu os produtores a interromperem a estocagem e venderem suas reservas para contribuir com a economia local.
Em novembro, o Notícias Agrícolas reportou uma informação do site norte-americano Farm Futures que mostrava que a última jogada do governo argentino era cortar a disponibilidade de crédito dos produtores de soja argentinos como forma de forçá-los a venderem seu produto ainda da safra 2013/14 armazenado. Os sojicultores vinham estocando sua produção como forma de se protegerem da forte desvalorização da moeda local, o peso, além de já sofrerem com as chamadas retenciones - a taxação de 35% pelas exportações da soja.
A Argentina é, atualmente, a maior exportadora mundial de derivados de soja, principalmente óleo, e colheu, na temporada anterior, uma safra recorde de 53,4 milhões de toneladas. O último recorde havia sido as 52,7 milhões em 2010, segundo informou o Ministério da Agricultura. O milho é o segundo produto mais exportado pela nação sulamericana.
Em janeiro de 2014, o ministro da Fazenda local, em entrevista, afirmou que os produtores argentinos seguravam cerca de US$ 4 bilhões em soja. Entre agosto e setembro essa avaliação foi refeita e o número caiu para US$ 3 bilhões.
Com informações da agência Bloomberg.
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