REPRESENTANTES DO SETOR AGROPECUÁRIO REÚNEM-SE PARA DAR UM ALERTA À SOCIEDADE DOS CAMPOS GERAIS DO PARANÁ. Um ano após o movimento de 16.05.07 que mobilizou milhares de produtores em todo o país, a realidade indica que o setor agropecuário continua fragilizado e sem ver atendidas suas principais reivindicações. Nesse contexto, representantes dos Sindicatos, da Sociedade Rural, da Associação dos Secretários de Agricultura dos Campos Gerais e das principais Cooperativas dos Campos Gerais do Paraná, estiveram reunidos em Ponta Grossa-Pr com o objetivo de avaliar a atual situação do campo e propor alternativas e elaborar estratégia de atuação para encaminhamento das reivindicações do setor. As análises indicam que o setor continua pagando sozinho o preço pela estabilização da inflação e contribuído para o aumento geral da renda da população mediante a oferta de alimentos mais baratos. Entretanto, tais benefícios, bons para a sociedade como um todo, acontece mediante a pura transferência de renda da agropecuário. A falta de políticas adequadas tem provocado a concentração de renda e expulsado grande número dos produtores do campo (justamente na contramão do que o governo prega). Caso nada seja feito, no longo prazo o colapso do setor poderá trazer sérios problemas para toda a sociedade. A situação somente não está pior por conta das boas condições climáticas verificada na safra atual e o programa do etanol americano que provocou a elevação dos principais preços agrícolas. É consenso que os planos de safra anuais consomem tempo e energia das lideranças e das entidades representativas do setor em um processo de negociação desgastante perante os produtores e a opinião pública e que acaba servindo mais aos interesses da propaganda do governo do que aos produtores. As ações pontuais tratadas nos planos de safra não resolvem a essência do problema. Das justas reivindicações de 16.05.06 envolvendo política de proteção de preços, seguro agrícola acesso a crédito, solução do endividamento e o estabelecimento de políticas de longo prazo que dê estabilidade ao setor, viu-se, apenas o governo patrocinar uma rolagem de dívida que apenas está adiando o problema. A decisão é que se retome a pauta do movimento de 16.05.06 e que todos os presentes gestionem junto às suas representações de classe como FAEP, CNA, OCEAPR, OCB, SRB, ABRAPA, ABRASEN, APROSOJA e as lideranças políticas regionais e nacionais para que elaboram projetos e tracem plano de ação que envolvam a defesa e implantação de políticas contemplando os cinco pontos fundamentais para solução permanente do problema: <br /><br />1. Recomposição de um sistema de garantia de preços, previsto em lei, que já existiu e, no entanto tem sido negligenciado pelo governo. Este sistema deve assegurar ao produtor um preço justo no momento adequado; <br /><br />2. Desenvolvimento de seguro contra riscos climáticos com acesso a todos os produtores e que permita em caso de sinistro a capacidade do produtor refazer a lavoura perdida; <br /><br />3. Desenvolvimento de medidas que permitia o acesso dos produtores ao sistema de Crédito Rural reduzindo seus custos de produção, livrando-os da agiotagem dos chamados juros de mercado; <br /><br />4. Encaminhamento adequado para o endividamento crescente e sem solução que expulsa os produtores do campo e provoca concentração da produção; <br /><br />5. Estabelecimento de uma política agrícola de longo prazo que dê previsibilidade e horizonte ao setor e seus parceiros. <br /><br />Entendendo que a mobilização da classe produtora é responsabilidade de todos, estão dispostos a trabalhar em suas bases por um novo movimento no campo, porém entendem que a união de todos se faz entorno de objetivos claros, definidos e realizáveis, por isso solicitam que as entidades estaduais e nacionais desenvolvam projeto de política agrícola permanente que: <br /><br />-represente o consenso entre os produtores; <br /><br />-seja uma bandeira que possa ser compreendida e defendida por todos os produtores e em todos os níveis de suas entidades de classe; <br /><br />-indique para a sociedade e o governo o que realmente os produtores desejam e entendem como política agrícola; <br /><br />-possa ter seu custos benefícios demonstrado e discutido com a sociedade e seus representantes. Campos Gerais - Ponta Grossa-Pr, 16.05.07 <br /><br />Núcleo Sindical Rural dos Campos Gerais com os seguintes sindicatos filiados: - Sindicato Rural de Arapoti - Sindicato Rural de Jaguariaiva - Sindicato Rural de Pirai do Sul - Sindicato Rural de Telêmaco Borba - Sindicato Rural de Tibagi - Sindicato Rural de Ortigueira - Sindicato Rural de Reserva - Sindicato Rural de Ipiranga -Sindicato Rural de Ivai - Sindicato Rural de Imbituva - Sindicato Rural de Teixeira Soares - Sindicato Rural de Palmeira Sociedade Rural dos Campos Gerais Associação dos Secretário Municipais de Agricultura dos Campos Gerais Cooperativa Agropecuária Batavo Cooperativa Agropecuária Castrolanda Cooperativa Agrícola Ponta-Grossense Cooperativa Agrícola União Castrense Ltda. <br />
REPRESENTANTES DO SETOR AGROPECUÁRIO REÚNEM-SE PARA DAR UM ALERTA À SOCIEDADE DOS CAMPOS GERAIS DO PARANÁ. Um ano após o movimento de 16.05.07 que mobilizou milhares de produtores em todo o país, a realidade indica que o setor agropecuário continua fragilizado e sem ver atendidas suas principais reivindicações. Nesse contexto, representantes dos Sindicatos, da Sociedade Rural, da Associação dos Secretários de Agricultura dos Campos Gerais e das principais Cooperativas dos Campos Gerais do Paraná, estiveram reunidos em Ponta Grossa-Pr com o objetivo de avaliar a atual situação do campo e propor alternativas e elaborar estratégia de atuação para encaminhamento das reivindicações do setor. As análises indicam que o setor continua pagando sozinho o preço pela estabilização da inflação e contribuído para o aumento geral da renda da população mediante a oferta de alimentos mais baratos. Entretanto, tais benefícios, bons para a sociedade como um todo, acontece mediante a pura transferência de renda da agropecuário. A falta de políticas adequadas tem provocado a concentração de renda e expulsado grande número dos produtores do campo (justamente na contramão do que o governo prega). Caso nada seja feito, no longo prazo o colapso do setor poderá trazer sérios problemas para toda a sociedade. A situação somente não está pior por conta das boas condições climáticas verificada na safra atual e o programa do etanol americano que provocou a elevação dos principais preços agrícolas. É consenso que os planos de safra anuais consomem tempo e energia das lideranças e das entidades representativas do setor em um processo de negociação desgastante perante os produtores e a opinião pública e que acaba servindo mais aos interesses da propaganda do governo do que aos produtores. As ações pontuais tratadas nos planos de safra não resolvem a essência do problema. Das justas reivindicações de 16.05.06 envolvendo política de proteção de preços, seguro agrícola acesso a crédito, solução do endividamento e o estabelecimento de políticas de longo prazo que dê estabilidade ao setor, viu-se, apenas o governo patrocinar uma rolagem de dívida que apenas está adiando o problema. A decisão é que se retome a pauta do movimento de 16.05.06 e que todos os presentes gestionem junto às suas representações de classe como FAEP, CNA, OCEAPR, OCB, SRB, ABRAPA, ABRASEN, APROSOJA e as lideranças políticas regionais e nacionais para que elaboram projetos e tracem plano de ação que envolvam a defesa e implantação de políticas contemplando os cinco pontos fundamentais para solução permanente do problema: <br /><br />1. Recomposição de um sistema de garantia de preços, previsto em lei, que já existiu e, no entanto tem sido negligenciado pelo governo. Este sistema deve assegurar ao produtor um preço justo no momento adequado; <br /><br />2. Desenvolvimento de seguro contra riscos climáticos com acesso a todos os produtores e que permita em caso de sinistro a capacidade do produtor refazer a lavoura perdida; <br /><br />3. Desenvolvimento de medidas que permitia o acesso dos produtores ao sistema de Crédito Rural reduzindo seus custos de produção, livrando-os da agiotagem dos chamados juros de mercado; <br /><br />4. Encaminhamento adequado para o endividamento crescente e sem solução que expulsa os produtores do campo e provoca concentração da produção; <br /><br />5. Estabelecimento de uma política agrícola de longo prazo que dê previsibilidade e horizonte ao setor e seus parceiros. <br /><br />Entendendo que a mobilização da classe produtora é responsabilidade de todos, estão dispostos a trabalhar em suas bases por um novo movimento no campo, porém entendem que a união de todos se faz entorno de objetivos claros, definidos e realizáveis, por isso solicitam que as entidades estaduais e nacionais desenvolvam projeto de política agrícola permanente que: <br /><br />-represente o consenso entre os produtores; <br /><br />-seja uma bandeira que possa ser compreendida e defendida por todos os produtores e em todos os níveis de suas entidades de classe; <br /><br />-indique para a sociedade e o governo o que realmente os produtores desejam e entendem como política agrícola; <br /><br />-possa ter seu custos benefícios demonstrado e discutido com a sociedade e seus representantes. Campos Gerais - Ponta Grossa-Pr, 16.05.07 <br /><br />Núcleo Sindical Rural dos Campos Gerais com os seguintes sindicatos filiados: - Sindicato Rural de Arapoti - Sindicato Rural de Jaguariaiva - Sindicato Rural de Pirai do Sul - Sindicato Rural de Telêmaco Borba - Sindicato Rural de Tibagi - Sindicato Rural de Ortigueira - Sindicato Rural de Reserva - Sindicato Rural de Ipiranga -Sindicato Rural de Ivai - Sindicato Rural de Imbituva - Sindicato Rural de Teixeira Soares - Sindicato Rural de Palmeira Sociedade Rural dos Campos Gerais Associação dos Secretário Municipais de Agricultura dos Campos Gerais Cooperativa Agropecuária Batavo Cooperativa Agropecuária Castrolanda Cooperativa Agrícola Ponta-Grossense Cooperativa Agrícola União Castrense Ltda. <br />