Fala Produtor - Mensagem

  • Carlos Mello palmeira das missões - RS 03/04/2008 00:00

    RECOMPOSIÇÃO TOTAL DAS DÍVIDAS - É ISTO QUE PRECISAMOS !!!!!! <br />

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    IMPORTANTE : É urgente a recomposição de nossas dívidas de custeios e investimentos (temos que diluir estas parcelas) junto ao Banco do Brasil. Precisamos reestabelecer nossa capacidade de pagamento e também liberar nossas garantias, as quais estão sub-avaliadas pelo sistema bancário. <br />

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    Tem agricultores que estão sem custeio e investimento desde o primeiro alongamento da safra 2003/2004. Portanto estão fora do crédito oficial a 4 anos. É impossível continuar assim!!! Nossas propriedades precisam de custeios e investimentos urgente!!! <br />

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    DÍVIDA FORA DOS BANCOS : Isto não pode ficar fora das negociações – pois a grande maioria dos produtores estão a mais de 4 anos fora dos créditos oficiais.<br />

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    PORTANTO:<br />

    Temos que achar uma alternativa urgente para substituir o FRA. Pois quem esta com restrições de limite e/ou incapacidade de pagamento junto ao Banco do Brasil é impossível esta operação. E, as firmas de agroinsumos não querem abrir mão de 20% para o fundo. Estes produtores precisam de um alongamento maior, juros menores e rebate e com garantias e/ou aval do governo. São justamente estes agricultores que precisam urgentemente de um financiamento para sanar Seus Passivos Fora do Sistema Bancário ( junto as coopereativas, firmas agropecuárias ou revenda de máquinas, peças e insumos agrícolas – inclusíve e principalmente óleo diesel – nosso maior insumo ).<br />

    Acredito que a saída seria O Governo e/ou O Banco do Brasil absorver e/ou comprar estes passivos e recompô-los juntamente com os passivos Bancários, dentro da capacidade de pagamento dos agricultores, ou seja: se determinado agricultor precisar de 10 anos de alongamento para reestabelecer sua capacidade de pagamento e/ou habilitá-lo a tomar novos financiamentos, será 10 anos; se precisar de 15 anos, assim será seu alongamento, e assim sucessivamente, 20 ou 30 anos..., de tal maneira que tenhamos novamente custeio e investimento pleno para nossas propriedades.<br />

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    Nota : A Nossa Dívida Fora dos Bancos carrega muitos e muitos excessos ilegais, temos que corrigir isso. Temos que reduzir esta dívida para os valores originais mais juros de crédito rural, antes de recompô-la.<br />

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    Estes juros são altamente lucrativos para eles (Trades e/ou multinacionais) a cada mês que passa. Teríamos que achar um jeito jurídico ou administratívo para trancar as espoliações e/ou cobranças praticadas por estas empresas, cooperativas e firmas de agroinsúmos.<br />

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    Nossos problemas Fora dos Bancos é muito mais grave que neles. Nosso maquinário que já é antigo e escasso está sendo estacionado em postos de combustíveis e firmas de agroinsúmos, e nossas áreas de terra, que também são pequenas, estão sendo concentradas em mãos de médio/grandes e grandes produtores. E, acredite: nas mãos de trades e/ou multinacionais. É lamentável. A concentração de terras e renda que já era insuportável agora aumenta assustadoramente. Isto é extremamente prejudicial para as nossas comunidades.<br />

    Para quem está fora do Crédito Oficial desde o primeiro alongamento da safra 2003/2004 a situação é muito difícil e tornou-se insustentável. Precisamos urgentemente de um financiamento para sanar estes passivos fora dos bancos acumulados até os dias de hoje (safras 2004/2005, 2005/2006, 2006/2007 e agora nesta safra 2007/2008 tem agricultores que já perderam até 100%). <br />

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    Temos que entender que tivemos perdas gravíssimas nestas safras, não só por estiagens no verão e geadas no inverno (trigo) mas principalmente pela defasagem cambial e descompasso gravíssimo entre o custo de produção e os preços de venda .<br />

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    Obs. : Mais uma vez fizemos uma lavoura a um custo de dólar entre R$ 1,8 à R$ 2,00 (principalmente para os custos de quem está fora do Crédito Rural e vem vivendo de escambo e “favores” com multinacionais), e vamos vender a um dólar em torno de R$ 1,5... à R$ 1.6... Isto é lamentável e desastroso pelo quarto ano consecutivo.<br />

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    Atenção : Em nosso estado, o Rio Grande do Sul, a quebra da safra (principalmente soja, mas também milho) pela estiagem nesta safra de verão (2007/2008) vai variar de no mínimo 30% à 100%, com algumas exceções, dependendo da região e/ou município !!!<br />

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    Agradeço a atenção e fico a disposição.<br />

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    Coordenador executivo - Carlos Mello<br />

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    Produtor rural (100 hectares) - Carlos Mello<br />

    Palmeira das Missões – RS<br />

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    31/03/2008

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