João Batista, sou seu telespectador e admirador há muito tempo, e percebo que o sr. aborda os fatos do agronegócio com bastante propriedade.
Nós, produtores de cana-de-açúcar, estamos passando pela pior fase da história. Quem tem cana-de-açúcar está perdendo terras para as usinas, pois o custo de produção está maior que o de venda há várias safras consecutivas, num desvio social tremendo.
Mas essa situação está sendo melhor esclarecida (adicione o e-mail “em anexo” que eu enviei para a Assocítrus), onde conto parte do que estou passando. (A Assocítrus, comunicando-se comigo, sensibilizou-se com minha situação, pois, num país fraco de associativismo, pessoas agindo desta forma constrangem as que trabalham).
É lógico que quando quem deveria me representar se posiciona contra mim, o resultado é um só. E é isso que estamos passando! Por outro lado, não vejo nenhuma mobilização por parte dos membros das Associações, como a Orplana, em realizar reuniões no sentido de abordar a crise, além do próprio Consecana-SP. Embora seja muito estranho, tudo é´muito compreensivo, pois "eles" estão do lado de lá.
Como estou sozinho nesta empreitada, tenho que procurar ajuda em outros lugares, como um cachorro que caiu da mudança, e não naquele onde por vários anos contribuí.
Acompanhei sua entrevista no dia 12 passado com o sr. Antônio de Pádua, da Única, um fiel representante dos usineiros, onde ele em síntese disse que as usinas venderam mal seu produto, e que a maior parte da venda do álcool é feita no Spot. Ora, se as usinas vendem mal o seu produto (porém nunca abaixo do custo de produção delas) isso reflete-se em prejuízos aos produtores, que, dentro deste Sistema Consecana-SP, dependem de uma boa comercialização dos produtos para termos renda. Ou seja, entramos na conta do “mix”de produção de cada unidade compradora.
Eles vendem no Spot, porém não aceitam comprar dessa forma, exigindo do produtor um mínimo 6 anos de contrato leonino.
Eu só queria relatar a situação que passei e estou passando. Considero muito preocupante uma pessoa que representa o setor ir contra seu representado, posicionando-se à favor de uma Indústria que adora pagar abaixo do custo. Pior é que desta metodologia (Consecana) é a própria indústria compradora quem forma o preço, Po risso, pergunto: quem vai agüentar tamanha desigualdade???
É bastante complexo o tema, mas este é um pequeno resumo.
Muito obrigado pela atenção, não vou deixar de te prestigiar.
João Batista, sou seu telespectador e admirador há muito tempo, e percebo que o sr. aborda os fatos do agronegócio com bastante propriedade.
Nós, produtores de cana-de-açúcar, estamos passando pela pior fase da história. Quem tem cana-de-açúcar está perdendo terras para as usinas, pois o custo de produção está maior que o de venda há várias safras consecutivas, num desvio social tremendo.
Mas essa situação está sendo melhor esclarecida (adicione o e-mail “em anexo” que eu enviei para a Assocítrus), onde conto parte do que estou passando. (A Assocítrus, comunicando-se comigo, sensibilizou-se com minha situação, pois, num país fraco de associativismo, pessoas agindo desta forma constrangem as que trabalham).
É lógico que quando quem deveria me representar se posiciona contra mim, o resultado é um só. E é isso que estamos passando! Por outro lado, não vejo nenhuma mobilização por parte dos membros das Associações, como a Orplana, em realizar reuniões no sentido de abordar a crise, além do próprio Consecana-SP. Embora seja muito estranho, tudo é´muito compreensivo, pois "eles" estão do lado de lá.
Como estou sozinho nesta empreitada, tenho que procurar ajuda em outros lugares, como um cachorro que caiu da mudança, e não naquele onde por vários anos contribuí.
Acompanhei sua entrevista no dia 12 passado com o sr. Antônio de Pádua, da Única, um fiel representante dos usineiros, onde ele em síntese disse que as usinas venderam mal seu produto, e que a maior parte da venda do álcool é feita no Spot. Ora, se as usinas vendem mal o seu produto (porém nunca abaixo do custo de produção delas) isso reflete-se em prejuízos aos produtores, que, dentro deste Sistema Consecana-SP, dependem de uma boa comercialização dos produtos para termos renda. Ou seja, entramos na conta do “mix”de produção de cada unidade compradora.
Eles vendem no Spot, porém não aceitam comprar dessa forma, exigindo do produtor um mínimo 6 anos de contrato leonino.
Eu só queria relatar a situação que passei e estou passando. Considero muito preocupante uma pessoa que representa o setor ir contra seu representado, posicionando-se à favor de uma Indústria que adora pagar abaixo do custo. Pior é que desta metodologia (Consecana) é a própria indústria compradora quem forma o preço, Po risso, pergunto: quem vai agüentar tamanha desigualdade???
É bastante complexo o tema, mas este é um pequeno resumo.
Muito obrigado pela atenção, não vou deixar de te prestigiar.
Um abraço,
Flávio.