Fala Produtor - Mensagem

  • Diogo Otto Dourados - MS 19/10/2006 00:00

    Caro Jo&atilde;o Batista, tem sido amplamente noticiado em meu estado a situa&ccedil;&atilde;o de mis&eacute;ria em que se encontram as fam&iacute;lias assentadas no projeto de reforma agr&aacute;ria na antiga faz. Itamarati (outrora de propriedade do ex-rei da soja Olacir de Moraes), com gente passando at&eacute; fome e demais priva&ccedil;&otilde;es b&aacute;sicas, al&eacute;m do patrim&ocirc;nio p&uacute;blico se perdendo pela a&ccedil;&atilde;o do tempo e sendo sucateado. Criado como modelo para o futuro da reforma agr&aacute;ria (menina dos olhos dos senhores Lu&iacute;s In&aacute;cio e Jos&eacute; Orcirio), aonde empregou-se s&oacute; na compra algo como duzentos milh&otilde;es de reais, como sempre, j&aacute; possui grande parte de suas &aacute;reas arrendadas para terceiros, inclusive piv&ocirc;s e secadores. Para quem gosta de conta, se pegarmos esses <st1:metricconverter productid="200 mi" w:st="on">200 mi</st1:metricconverter>, aplicarmos &agrave; SELIC de 15% (m&eacute;dia baixa para o per&iacute;odo), s&atilde;o <st1:metricconverter productid="30 mi" w:st="on">30 mi</st1:metricconverter> por ano que divididos pelas 4000 fam&iacute;lias de l&aacute; (talvez menos), s&atilde;o R$ 7.500,00 por ano, ou R$ 625,00 por m&ecirc;s (quase dois sal&aacute;rios enquanto alguns l&aacute; vivem com R$ 120,00/m&ecirc;s). Seria mais barato (embora errado pensar assim) ent&atilde;o bancar esse pessoal com um sal&aacute;rio por m&ecirc;s em uma casa na cidade, porque como se sabe, al&eacute;m do custo do dinheiro empatado (SELIC), essas pessoas ainda recebem cestas b&aacute;sicas, bolsas isso e aquilo, bem como empr&eacute;stimos para investimentos e custeio que n&atilde;o s&atilde;o pagos, al&eacute;m de transporte, educa&ccedil;&atilde;o, sa&uacute;de e seguran&ccedil;a encarecidos pela dist&acirc;ncia das cidades. Aproveito para perguntar por que n&atilde;o se fala deste assunto (nem pol&iacute;ticos nem nossas lideran&ccedil;as, exceto a solit&aacute;ria voz de Chico Graziano), com clareza e objetividade, deixando-se de lado ideologia bem como o medo dos eleitores, apresentando-se um estudo s&eacute;rio acerca da inviabilidade destes assentamentos dentro do contexto atual. O que realmente resolve o problema &eacute; dar condi&ccedil;&otilde;es &agrave; agropecu&aacute;ria empresarial crescer e absorver essa m&atilde;o de obra (pelo menos a parte que realmente possua voca&ccedil;&atilde;o), pagando bons sal&aacute;rios e demais tributos (principalmente previdenci&aacute;rios, pois a aposentadoria rural &eacute; um dos pesos do INSS). Agrade&ccedil;o pelo desabafo. Diogo.

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