Fala Produtor - Mensagem

  • Telmo Heinen Formosa - GO 16/12/2010 23:00

    Poema de Manuel Bandeira... Vou-me embora pra Pasárgada, Lá sou amigo do rei, Lá tenho a mulher que eu quero, Na cama que escolherei, Vou-me embora pra Pasárgada >>Vou-me embora pra Pasárgada, Aqui eu não sou feliz, Lá a existência é uma aventura, De tal modo inconseqüente, Que Joana a Louca de Espanha,, Rainha e falsa demente, Vem a ser contraparente, Da nora que nunca tive >>E como farei ginástica, Andarei de bicicleta, Montarei num burro brabo, Subirei no pau-de-sebo, Tomarei banhos de mar!, E quando estiver cansado, Deito na beira do rio, Mando chamar a mãe-d’água, Pra me contar as histórias, Que no tempo de eu menino, Rosa vinha me contar, Vou-me embora pra Pasárgada >>Em Pasárgada tem tudo, É outra civilização, Tem um processo seguro, De impedir a concepção, Tem telefone automático, Tem alcalóide à vontade, Tem prostitutas bonitas, Para a gente namorar... , E quando eu estiver mais triste, Mas triste de não ter jeito, Quando de noite me der, Vontade de me matar, -Lá sou amigo do rei-, Terei a mulher que eu quero, Na cama que escolherei, Vou-me embora pra Pasárgada.

    [Em, Libertinagem, 1930]

    Comentário referente a notícia: [b]A mulher que se achava filha de Getúlio e o homem que se acha pai do Brasil Maravilha[/b]

    Veja a notícia completa http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=80779

    0