Fala Produtor - Mensagem

  • Antônio de La Bandeira Campo Novo do Parecis - MT 18/11/2010 23:00

    A FUNAI E SEUS ABSURDOS - É assustador o vale-tudo com que os gestores da Fundação Nacional do Índio vêm conduzindo o órgão nos últimos anos. Pelo que entendemos, a demarcação de reservas indígenas deveria passar pelo Congresso Nacional. A FUNAI usa argumentos duvidosos para criar reservas indígenas. Antropólogos, ao que consta a serviço de ONGs com intenções duvidosas, utilizam-se de fraudes grosseiras e a FUNAI embarca nos absurdos. Aqui mesmo em Campo Novo do Parecis (MT), verificamos inconsistências gritantes na criação da RI.Ponte de Pedra. Sem pessoalmente tomar partido, se legítimo ou não, nos pareceu um tanto forçado o processo que culminou com a demarcação da área. Os próprios caciques de aldeias locais nos afirmam que aquela região jamais fora habitada por índios. Mesmo levando-se em conta o misticismo cultuado em relação ao local, o fato de Mal.Rondon ter implantado uma estação telegráfica não caracteriza terra indígena, segundo entendidos sensatos. Porém como num passe de mágica, índios urbanos com trinta anos de Cuiabá, constroem um “hati” (casa tradicional) e ali instalam índios postiços.

    OUTRA SITUAÇÃOO MAIS DIVULGADA E NãO MENOS CONTRáRIA à RAZãO, ACONTECE NO VIZINHO MUNICíPIO DE BRASNORTE. ANTROPóLOGOS CONSEGUIRAM EMPLACAR UMA AMPLIAçãO DE 600% NA RESERVA IRANTXE, LEVANDO-A DE 45.000 PARA 252.000 HECTARES, AVANçANDO SOBRE áREAS PARTICULARES CUJOS PROPRIETáRIOS DETêM O LEGíTIMO DIREITO. ESTãO – OS PROPRIETáRIOS – DEMANDANDO COM O GOVERNO FEDERAL. PORéM O ESTRAGO Já FOI CAUSADO, REFLETINDO INCLUSIVE EM DESEMPREGO, OBSTRUINDO DIREITOS, GERANDO INSTABILIDADE E CESSANDO A PRODUçãO DE RENDAS.

    E agora o motivo maior da nossa indignação: a FUNAI importou índios do Paraguai e Argentina para algumas regiões do Brasil e tenta implantar reservas indígenas, enquanto índios brasileiros morrem de fome. E tem mais. Índios paraguaios e argentinos que invadiram regiões escarpadas em Santa Catarina, áreas estas que não servem para agricultura ou mesmo moradia, porém valorizada por estar ao lado da rodovia BR-101, declaram sem pudor que na iminência de uma possível indenização por uma reserva que ainda nem existe, comprarão terras em outro local.

    Explicando melhor: para não incomodar os hermanos invasores, a FUNAI determinou ao Dnit que sejam construídos túneis orçados em 150 milhões de reais para a pista adicional da BR-101. Exigiria ainda que o Dnit indenize os mesmos índios importados, que então como eles próprios declaram, comprariam terras em outras regiões. E o laborioso povo deste rico chapadão e tanto caminhoneiro de todos os rincões brasileiros, aguardam com sofrimento e ansiedade a pavimentação de 50 km de estradas na reserva indígena Parecis, que custariam menos de 15% daquele valor.

    Pasmem então leitores. Túneis desnecessários construídos a peso de ouro, quando a estrada poderia ser construída sem eles; indenizações absurdas seriam pagas; e vai por aí afora. Como no caso dos “chiquitanos”, aqui bem mais próximos de nós, que são descendentes de bolivianos e eles próprios não se consideram indígenas, porém a FUNAI os querem índios. São as ações extravagantes que grassam Brasil afora, praticadas por brasileiros inescrupulosos. Ações nebulosas que acontecem nas barbas do Governo Federal e são validadas.

    Reservas são necessárias e a preservação tem de ser levada a sério. As áreas já abertas no País são suficientes e o bom senso e responsabilidade devem prevalecer, no caso de aberturas ainda possíveis. Porém do jeito que vão as coisas, a FUNAI vai necessitar de uma intervenção, pois os interesses de ONGs e antropólogos sobrepõem-se aos direitos dos índios.

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