Fala Produtor - Mensagem

  • Telmo Heinen Formosa - GO 26/08/2010 00:00

    O maior defeito do Seguro Rural brasileiro é a baixa universalização. Soluciona-se isto com o Resseguro. Mas resseguro a nivel internacional e não no mercado interno onde o corrupto IRB detém o monopólio. Quem denunciou a corrupção foi o Dep. Roberto Jefferson, lembra? Do ponto de vista do Segurado o defeito é o seguinte, paga-se um premio em função do valor investido - Um mesmo hectare para agricultores diferente, tem custos diferentes e portanto premios diferentes. Na hora de uma suposta indenização, ambos são indenizados pela produtividade média MUNICIPAL apurada pelo IBGE e que mistura todas as lavouras, inclusive as dos sem terra! Um exemplo discrepante e abominavel é o milho. Por exemplo um determiado agricultor "projeta" colher 9.000 kg/ha e para tal investe mais de R$ 2.000,00 Um outro agricultor "financia" R$ 800,00/ha e colhe 3.000 kg/ha - Ambos "pagam" premios bem diferentes, baseados nos valores "investidos" - devido ao alto custo ambos decidem "segurar" 50%... Agora vem a pergunta fatal que os jornalistas nunca fazem: 50% de quê? Resposta: 50% da colheita média do municipio, na média brasileira para ilustrar, cerca de 3.600 kg/ha e como a opção foi de 50% (O máximo permitido é de 70%) estas lavouras tem um seguro de 1.800 kg/ha ou seja, seus proprietários só serão indenizados se sua colheita for inferior a 30 sc/ha. Captou? No exemplo citado, num municipio vizinho aqui a taxa de seguro é de 12,9% - mesmo que a subvenção for de 50% custará 130,00/ha para o agricultor tecnificado e apenas 51,60/ha para o outro agricultor e o valor indenizável para ambos é o mesmo.... e ridiculamente baixo. É ou não é um seguro ineficiente, quase inútil? Considerando que o riusco de ocorrência de sinistro seja de 30%... me calcule se vale a pena pagar um seguro destes. E acima de tudo, um seguro destes merece as manchetes que a imprensa faz?

    Comentário referente a notícia: [b]Lula sanciona Fundo de Catástrofe[/b]

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