Fala Produtor
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Valério Jorge dos Santos Cristalina - GO 25/09/2008 00:00
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Domingos Ribeiro de Andrade Bom Sucesso - MG 25/09/2008 00:00
Todos se lembram ou tem informações do final do governo Sarney quando a inflação chegou a 80% ao mês. Naquela época a agropecuária estava se equilibrando graças à anistia das dívidas rurais em 1989 conseguida através de muitos protestos dos agricultores.
Vejo muita semelhança neste final de governo Lula com o final do governo Sarney, principalmente na inflação dos custos agrícolas. Fertilizantes, mão de obra, combustíveis e outros insumos subiram 600% em relação ao início do plano real contra uma desvalorização de 100% do real.
O endividamento agrícola está enorme, os juros são altos e as dívidas dos produtores com as multinacionais e revendas estão cada vez maiores.
Os preços do leite, café, milho, boi, soja, arroz, trigo e cana ficaram muito defasados em relação ao custo.
Concluo dizendo que o produtor está em um beco sem saída. Estamos carentes de lideranças. Se todos plantarem ou continuarem tratando do seu cafezal ou de sua vaca de leite como de costume não teremos preço e as dívidas só aumentarão. Por outro lado a popularidade do presidente continuará em alta e nós produtores ficaremos com a fama de chorões, agressores do meio ambiente e caloteiros.
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Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR 24/09/2008 00:00
Caro João,
Vai um aviso ao pessoal que trabalha em banco, cooperativa e agente financeiro. Muito cuidado ao falar com agricultor, principalmente para fazer cobrança. Tem muito companheiro com a cabeça quente e inclusive já vi alguns com revólver na cinta. Nós sabemos o que acontece quando um rato fica acuado. Vira fera. Então, logo vai ter tragédia no campo, tamanho é o desespero dos agricultores.
Os culpados já conhecemos e eles é que deveriam levar uma surra.
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Climaco Cézar de Souza Taguatinga - DF 24/09/2008 00:00
A RECENTE CRISE INTERNACIONAL E O AGRONEGÓCIO – NOVAMENTE, OS PRODUTORES PODEM SER OS MAIORES PREJUDICADOS -
Sem ser alarmista - mas sério e responsável - segundo os pronunciamentos recentes, e uma série de informações externas e internas recebidas nos últimos dias, são seguintes as principais tendências para a crise mundial e para os seus efeitos no agronegócio brasileiro: Contudo, é importante entender que são tendências, e segundo as conjunturas atuais, e não certezas, pois ninguém tem “bola de cristal” e a economia está agitada e mudando a cada momento.
a) a crise ainda está no inicio e sua solução pode se estender por até 180 dias (a depender das vontades dos governos e políticos e da inibição e maior controle dos especuladores e dos ditos “analistas de riscos e de investimentos”, que erraram feio);
b) a tendência é de estender para outros países desenvolvidos, sobretudo da U.E. e Ásia, e mesmo alguns em desenvolvimento (nem tão blindados), prejudicando as finanças, os investimentos, as moedas e, principalmente, ampliando a inflação e reduzindo os consumos, em especial de alimentos;
c) para recuperar as perdas e controlar a inflação, os Governos e Bancos tendem a ampliar os juros, o que pode, inicialmente, reduzir os investimentos estrangeiros e reduzir o crédito;
d) uma nova ordem econômica e social mundial pode surgir com fortalecimento dos países em desenvolvimento (BRICA = Brasil, Rússia, India, China e África do Sul) e que colaborarão para reduzir a fome na África. Aos poucos aumentarão os investimentos produtivos nestes países;
e) pode haver severa redução do número de bancos no mundo, liderados por alguns poucos bancos da U.E. e da Ásia (no máximo 6) e que estarão mais voltados para investimentos produtivos, sociais e cooperativismos; o BIS (banco central dos bancos centrais) tende a fortalecer, pelos seus acertos em relação aos necessários “Planos de Basiléia” (que agora vê-se que só serviram para os países em desenvolvimento) e o FMI tende a enfraquecer;
f) quem sabe todos os países desenvolvidos seguirão o bom exemplo da U.E , que recentemente criou um Fundo de US$ 1,0 bilhão para alavancar a produção de alimentos para os países mais pobres (e ainda de agronergia), ou mesmo da Noruega que, recentemente, doou igual US$ 1,0 bilhão para a progressiva recuperação socioeconômica e ambiental da Floresta Amazônica. O produtor rural brasileiro precisa muito é deste tipo de parcerias de longo prazos (até 30 anos) para produzir alimentos e energias para o mundo, mas não quer mais ser espoliado e ainda culpado pelas degradações ambientais (na verdade os pagando pecados de produtores europeus, norte-americanos, e agora chineses, que dizimaram seu solo e ambiente há muitos anos). Certamente, com boa renda liquida garantida por longo prazo (o que ocorreria com vendas diretas aos consumidores finais e compras diretas de insumos e bases químicas dos países fornecedores, inclusive trocando por alimentos), a devastação não ampliará no País, pois há terra sobrando e só o que se precisa é de recursos baratos e em parcerias - benéficas e não especulativas - para ampliar as produtividades, reduzir custos e recuperar os solos (sobretudo as pastagens degradadas);
g) as commodities agrícolas e minerais – após subirem muito seus preços nos últimos 2 anos e até a 90 dias (exatamente pela bem maior liquidez, o que facilita as especulações de compras) - tendem a recuar seus preços internacionais ainda mais, prejudicando os produtores brasileiros neste momento de pré-plantio e com custos elevadíssimos (ampliação de até 150%); haverá redução do consumo de alimentos e de commodities nos países ricos e em desenvolvimento;
h) alguns estimam que o petróleo possa recuar para US$ 80,00 e até US$ 60,00/barril em até 02 anos. Já o minério de ferro poderia recuar, perigosamente, para até US$ 35,00/t.;
i) a economia brasileira, sobretudo a bancária, realmente está bem blindada, mas os produtores rurais não, pois seus preços são totalmente dependentes das Bolsas internacionais, dos consumos e dos preços internacionais de alimentos e, principalmente, do comportamento das agroindústrias fornecedoras e compradoras internas e que hoje já dominam, veladamente, pelo menos 35% do agronegócio brasileiro e, se considerarmos as suas atuações como Bancos e nos crescentes Programas de Integração Rural (também chamados de projetos de Fomento Rural) - inclusive com muitas terras próprias em alguns casos como o de florestas e cana - pode-se estimar uma participação entre 50% e 60% no resultado líquido anual do agronegócio;
j) alguns analistas entendem que o câmbio possa ampliar, progressivamente, para até R$ 2,50 em 01 ano no Brasil, o que é muito bom para as empresas exportadoras, e em parte para os produtores (podem anular em parte as previstas quedas das cotações nas bolsas de Chicago, Bolsa de Nova Iorque e Bolsa de Dalian);
k) no Brasil quem comprou insumo mais cedo – como vem sendo amplamente recomendado há anos - se dê por feliz, mas não se esqueça de fazer a proteção de preços, e assim da renda liquida, na BM&F (cotações ainda remuneradoras). Quem ainda não comprou insumos vai vê-los encarecer ainda mais em R$, embora tenham sido importados a cerca de 30 a 60 dias e com câmbio muito barato (até R$ 1,60= US$ 1,00); Aqui, a renda poderá ser francamente negativa (prejuízos). Em 2009, os preços dos fertilizantes podem ampliar ainda mais com o câmbio em alta;
l) felizmente, o PROER muito colaborou para blindar a maioria dos bancos brasileiros (não todos). Hoje há controle muito mais rígido pelo BACEN dos financiamentos, de suas garantias, redescontos etc.. e das adequações às exigências de Basiléia). Contudo, não se pode dizer o mesmo para os produtores rurais na recente e pretensa solução do endividamento agrícola, pois as causas e as “verdades” dele (quedas seqüentes da renda agrícola) continuam vigentes, e em ampliação, embora nada se faça para resolvê-las, e isto desde a Securitização, PESA, PESINHA, RECOOP etc.;
m) sem entrar no mérito, até porque não concordo muito, alguns economistas desconfiam que o principal objetivo da crise “em curso” seria a garantia de lucros elevadíssimos para os especuladores internacionais, orientados pelos chamados “Chicago boys”. Assim, primeiro eles quebraram as empresas chamadas de “ponto.com“ (empresas de programas de computador); depois, nos últimos 2 anos ganharam muito dinheiro especulando com commodities agrícolas nas bolsas (que só subiam) e agora atacam os bancos de investimentos e de hipotecas (“subprimes”, inicialmente no Japão e Coréia e agora nos EUA), e onde o principal objetivo real seria derrubar ao máximo o valor das ações das principais empresas mundiais, sobretudo de energia, alimentos, minérios etc., para, então, comprarem avidamente nas bolsas e terem elevadíssimos lucros por pelo menos mais uns 5 anos com as valorizações e seus dividendos (será ?). Na visão clássica e operacional de tais “boys”, o único propósito das empresas e corporações privadas é “ganhar o máximo de dinheiro possível para seus acionistas“. Assim, para H. Henderson, ganância, egoísmo, individualismo e “curto-prazismo” foram misturados com liberdade e democracia e elevados à triste condição de filosofia moral. “e pior, aceita por muitos como verdade absoluta” (é óbvio que há exceções, em especial no Brasil).
“QUE O BRASIL SIRVA DE LIÇÃO PARA O MUNDO, POIS AINDA HÁ TEMPO DE CONSERTARMOS O RUMO DO NOSSO AGRONEGÓCIO: O CELEIRO DO MUNDO”.
Prof. Clímaco Cezar de Souza
www.agrovisions.com.br -Brasília (livros-vivos para o agronegócio, sendo grátis os da versão 2006)
Novo telefone: 61 3963.9052
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Luiz Antonio Soave Paracatu - MG 24/09/2008 00:00
Clima:
Prezados parceiros, prabens pela programação!
Estamos precisando saber como será o clima nesta safra de verão, no VÃO do Rio Paracatu, com altitude de 500 a 500m, onde plantamos Soja, Milho Semente e Arroz nesta época.
Luiz Antonio Soave - Paracatu - MG
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Emerson Varolo São Paulo - SP 24/09/2008 00:00
Prezado João Batista.
Assisti sua reportagem de hoje sobre o problema na liberação do custeio. De fato o BB dificulta de todas as formas a liberação do custeio. Inventam normais e exigências. Veja mais um absurdo. Plantamos em terras próprias e arrendadas. Para custeio das arrendadas o BB exige que o arrendador abra mão do seu recebimento de arrrente em detrimento do BB (carta de anuência), ou seja, que o arrendatário pode pagar primeiro o BB depois o arrendador. Agora estão exigindo que o arrendador seja cadastrado no BB e para isso exigem CPF, RG, Certidão de casamento e comprovante de renda do arrendador. Absurdo!!!! Pergunto: qual a relação jurídica que o arrendador possui com o BB. É óbvio que nenhuma. Além disso, o proprietário das terras disse que odeia o BB e não vai fornecer nenhum documento e nem fazer cadastro, pois não está tomando nenhum empréstimo do banco e não vai comprovar renda alguma. Pior que ele tem razão, pois não possui relação jurídica alguma com o BB. Exigi do BB a base legal para essa exigência. Se recusam a informar. Pesquisei de todas as formas e não encontrei nada. Infelizmente esse é mais um caso típico da conduta do BB, ou seja, emperrar a liberação até que o produtor desista.
Abraços
Emerson
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Vanderlei G. Gomes Poliseli Arapongas - PR 24/09/2008 00:00
Prezado Joao Batista, acho que o noticias agricolas poderia disponibilizar no site um resumo sobre as dividas agricolas, seus prazos para protocolos e ate alguns modelos de cartas, enfim uma ajuda, pois na verdade os bancos não sabem direito o que fazer porque muitos deles dizem que ainda nao receberam nada, pois muitos agricultores que eu converso não sabem ao certo os prazos para protocolarem suas cartas, e até em que local, como no caso das dividas ativas; se é direto na procuradoria que só tem em algumas cidades, pois houve muitas mudanças e estamos confusos. Esperamos contar com a sua ajuda. Um abraço
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Elaine Batista de Oliveira Cacaulândia - RO 23/09/2008 00:00
João Batista, assisto aos seus programas todos os dias. Ontem você falou sobre o preço do leite que está sofrendo uma grande defasagem... olha, nós aqui em Rondônia estamos vivendo uma verdadeira comédia... A Fetagro, junto com os laticinios, fizeram várias reuniões e não chegaram a nenhuma conclusão... simplesmente declararam greve ao setor leiteiro. O mais interessante é que eles não se reuniram com a classe produtora de leite. E de lá prá cá a situação só piorou... Estão nos matando pois, como sempre, não temos vez, nem voz. Por isso, João Batista, lembre-se de nós, de Rondônia. Informe sobre o que está acontecendo aqui conosco. Obrigado.
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Vítor Wilher Rio de Janeiro - RJ 23/09/2008 00:00
Entenda a Crise Americana do Subprime.
Títulos “prime” quer dizer, de primeira. Subprime significa “segunda categoria” (Não podia dar outra...)
É assim ó:
O seu Biu tem um bar, na Vila Carrapato, e decidiu que ia vender cachaça “na caderneta” aos seus leais fregueses, todos bêbados, quase todos desempregados.
Porque decidiu vender a crédito, ele pôde aumentar um pouquinho o preço da dose da branquinha (A diferença é o sobre-preço que os pinguços pagam pelo crédito).
O gerente do Banco do seu Biu, um ousado administrador formado em curso de emibiêi, decide que as cadernetas das dívidas do bar constituem, afinal, um ativo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento tendo o pindura dos pinguços como garantia.
Uns seis zécutivos de Bancos, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis deste Banco, e os transformam em CDB, CCB, CDO, CDL, CCD, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outro acrônimo financeiro que ninguém sabe exatamente o que quer dizer.
Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capitais e conduzem a operações estruturadas de derivativos, na BM&F, LME, NYSE, CBOT cujo lastro inicial todo mundo desconhece (As tais cadernetas do seu Biu).
Esses derivativos estavam sendo negociados como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países.
Até que alguém descobre que os bêubo da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, e o Bar do seu Biu vai à falência.
E toda a cadeia envolvida nestes papéis, se lascou (“sifu”).
Explicação didática sobre os títulos "subprime" (2)
Bill comprou um apartamento, no começo dos anos 90, por 300.000 dólares financiado em 30 anos. Em 2006 o apartamento do Bill passou a valer 1,1 milhão de dólares. Aí, um banco perguntou pro Bill se ele não queria uma grana emprestada, algo como 800.000 dólares, dando seu apartamento como garantia. Ele aceitou o empréstimo, fez uma nova hipoteca e pegou os 800.000 dólares.
Com os 800.000 dólares. Bill, vendo que imóveis não paravam de valorizar, comprou 3 casas em construção dando como entrada algo como 400.000 dólares. A diferença, 400.000 dólares que Bill recebeu do banco, ele comprometeu: comprou carro novo (alemão) pra ele, deu um carro (japonês) para cada filho e com o resto do dinheiro comprou uma TV de plasma de 636 polegadas, 43 notebooks e 1634 cuecas. Tudo financiado, tudo a crédito. A esposa do Bill, sentindo-se rica, sentou o dedo no cartão de crédito.
Em agosto de 2007 começaram a correr boatos que os preços dos imóveis estavam caindo. As casas que o Bill tinha dado entrada e estavam em construção caíram vertiginosamente de preço e não tinham liquidez
O negócio era refinanciar a própria casa, usar o dinheiro para comprar outras casas e revender com lucro. Fácil....parecia fácil. Só que todo mundo teve a mesma idéia ao mesmo tempo. As taxas que o Bill pagava começaram a subir (as taxas eram pós fixadas) e o Bill percebeu que seu investimento em imóveis se transformara num desastre.
Milhões tiveram a mesma idéia do Bill. Tinha casa pra vender como nunca.
Bill foi agüentando as prestações da sua casa refinanciada, mais as das 3 casas que ele comprou, como milhões de compatriotas, para revender, mais(+) as prestações dos carros, as das cuecas, dos notebooks, da tv de plasma e do cartão de crédito.
Aí as casas que o Bill comprou para revender ficaram prontas e ele tinha que pagar uma grande parcela. Só que neste momento Bill achava que já teria revendido as 3 casas mas, ou não havia compradores ou os que havia só pagariam um preço muito menor que o Bill havia pago. Bill se danou. Começou a não pagar aos bancos, as hipotecas da casa que ele morava e das 3 casas que ele havia comprado como investimento. Os bancos ficaram sem receber de milhões de especuladores iguais a Bill.
Bill optou pela sobrevivência da família e tentou renegociar com os bancos que não quiseram acordo. Bill entregou aos bancos as 3 casas que comprou como investimento perdendo tudo que tinha investido. Bill quebrou. Ele e sua família pararam de consumir.
Milhões de Bills deixaram de pagar aos bancos os empréstimos que haviam feito baseado nos preços dos imóveis. Os bancos haviam transformado os empréstimos de milhões de Bills em títulos negociáveis. Esses títulos passaram a ser negociados com valor de face. Com a inadimplência dos Bills esses títulos começaram a virar pó.
Bilhões e bilhões em títulos passaram a nada valer e esses títulos estavam disseminados por todo o mercado, principalmente nos bancos americanos, mas também em bancos europeus e asiáticos.
Os imóveis eram as garantias dos empréstimos mas esses empréstimos foram feitos baseados num preço de mercado desse imóvel, preço que despencou. Um empréstimo foi feito baseado num imóvel avaliado em 500.000 dólares e de repente passou a valer 300.000 dólares e mesmo pelos 300.000 não havia compradores.
Os preços dos imóveis eram uma bolha, um ciclo que não se sustentava, como os esquemas de pirâmide, especulação pura. A inadimplência dos milhões de Bills atingiu fortemente os bancos americanos que perderam centenas de bilhões de dólares. A farra do crédito fácil um dia acaba. Acabou.
Com a inadimplência dos milhões de Bills, os bancos pararam de emprestar por medo de não receber. Os Bills pararam de consumir porque não tinham crédito. Mesmo quem não devia dinheiro não conseguia crédito nos bancos e quem tinha crédito não queria dinheiro emprestado.
O medo de perder o emprego fez a economia travar. Recessão é sentimento, é medo. Mesmo quem pode, pára de consumir.
O FED começou a trabalhar de forma árdua, reduzindo fortemente as taxas de juros e as taxas de empréstimo interbancários. O FED também começou a injetar bilhões de dólares no mercado, provendo liquidez. O governo Bush lançou um plano de ajuda à economia sob forma de devolução de parte do imposto de renda pago, visando incrementar o consumo porém essas ações levam meses para surtir efeitos práticos. Essas ações foram corretas e, até agora não é possível afirmar que os EUA estão tecnicamente em recessão.
O FED trabalhava. O mercado ficava atento e as famílias esperançosas. Até que na semana passada o impensável aconteceu. O pior pesadelo para uma economia aconteceu: a crise bancária, correntistas correndo para sacar suas economias, boataria geral, pânico. Um dos grandes bancos da América, o Bear Stearns, amanheceu, na segunda feira última, quebrado, insolvente.
No domingo o FED, de forma inédita, fez um empréstimo ao Bear, apoiado pelo JP Morgan Chase, para que o banco não quebrasse. Depois disso o Bear foi vendido para o JP Morgan por 2 dólares por ação. Há um ano elas valiam 160 dólares. Durante esta semana dezenas de boatos voltaram a acontecer sobre quebra de bancos. A bola da vez seria o Lehman Brothers, um bancão. O mercado e as pessoas seguem sem saber o que esperar na próxima segunda-feira.
O que começou com o Bill hoje afeta o mundo inteiro. A coisa pode estar apenas começando. Só o tempo poderá dizer o que vai acontecer...
Abraços,
Vítor Wilher
(21) 8704-8164
http://www.vitorwilher.com
http://www.transeunte.com.br
"Educai as crianças e não será preciso punir os homens". (Pitágoras)
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Cristiano Zavaschi Cristalina - GO 23/09/2008 00:00
Nosso presidente é mesmo uma figura singular. Disse no alto de sua experiência economico-finaceira que o governo americano foi demorado em tomar uma atitude para salvar o seu sistema financeiro. Já ele (Lula) é rápido e ágil em resolver problemas, veja no caso das dívidas rurais, levou apenas quatro anos (sem nenhuma pressäo) para elaborar um super pacote de ajuda aos produtores, os quais estäo novamente capitalizados, com todo o recurso para a próxima safra, com garantia institucional de renda(seguro agrícola, hedge da produçäo), além de estradas, portos, ferrovias, tudo no mais perfeito estado. Por isso ao final do seu mandato (que vai deixar saudade para todos os agricultores, principalmente para quem exporta), ele poderia se naturalizar norte-americano e concorrer äs eleiÇöes para presidente por lá. Caso ganhe, pode ele tirar os EUA da crise e deixar aquele miserável país täo moderno e eficiente quanto o nosso.
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Rafael Casonatto Lucas do Rio Verde - MT 23/09/2008 00:00
milho negociados em Lucas do rio verde, prazo 30 dias a 12,50 reais.
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Cristiano Zavaschi Cristalina - GO 23/09/2008 00:00
MP 432, traduçäo: Menos Produtores 4..., 3....,2....Tomara que näo façam a MP número 10.
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Telmo Heinen Formosa - GO 23/09/2008 00:00
Caro Luis Fernando: Se subisse para 14,00 resolveria o seu problema? Acho dificil passar disso até lá, a não ser que haja um grande atraso no plantio da soja no MT -- o que indicaria desde já uma safrinha muito menor... e quando o mercado descobrir o milho poderá subir de imediato... Há noticias também de que os matogrossenses estariam trocando a soja precoce por uma mais tardia, que rende mais porém impede uma BOA safrinha de milho. Outra informação: em Goiás muitas pessoas estão devolvendo sementes de milho por absoluta falta de condição de adquirir adubo, etc... já na soja gasta-se menos e é mais fácil comprar insumos a prazo...
De um modo geral o milho está sobrando no mercado brasileiro. Só de safrinha foi colhido 5,0 milhões de t. a mais do que no ano passado. Tinha 6,0 quando a safra começou e a colheita do verão foi maior em 3,0 milhões. Com a exportação menor, não obstante o aumento no consumo interno, poderemos ter até 14,0 milhões de t de sobra dia 01/02/2009 que é o dia da troca de nome da safra 2007/08. Como se vê são fatores baixistas para o preço. Aqui, ali e acolá os preços podrão subir em função de escassez local ou então porque estavam MUITO baixos, que pode ser o caso da sua região.
Colheita no Brasil: Mais de 58,0 milhoes de t
Att, Telmo.
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Luis Fernando Schiavo Tangará da Serra - MT 23/09/2008 00:00
Sr. Telmo, como ficarão os preços do milho para dezembro? o milho realmente esta sobrando no mercado?
Tenho uma empresa de representação comercial, fiz algumas trocas e tenho um volume de 10,000 sc de milho, aqui na região (chapadão do parecis MT), estão pagando R$ 12 na saca. Você me aconselha a vender agora? tem bastante milho em minha região, não vou ter custo de armazenagem até 02/09 mas se vender hoje posso girar com o dinheiro... Tenho medo de esperar e continuar o mesmo preço!!
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Ezio Antonio Seabra Uberaba - MG 22/09/2008 00:00
João um saco de milho custar 10 reais , um litro de leite custar 0,60 é uma brincadeira, uma cerverja custa 2,80 e este governo só pensa em canananananannananananananananananananananannananaaaaaaa acorda presidente.
...realmente a agricultura brasileira chega a um colapso. Os insumos em preços recordes, e o que é ainda pior falta de recursos para bancá-los... agora eu pergunto, mesmo com juros recordes praticados no Brasil, pq essa falta de crédito de estrangeiros? Ou será que a crise Americana, é ainda pior do que estão dizendo, e com isso, eles estão tirando o dinheiro do Brasil para tapar seus buracos?... a coisa ainda pode piorar....