Com produção típica mais alcooleira, setor no MS mira crescer sobre os 8 milhões/ha de pastos subaproveitados

Publicado em 01/11/2017 14:35 e atualizado em 01/11/2017 16:35
Confira a entrevista com Roberto Hollanda Filho - Presidente da Biosul
Com cerca de 50 milhões/t de produção no campo, sendo mais de 90% de cana própria das 20 usinas, o estado sofreu menos com a crise do setor sucroenergético vivida até 2015. Agora, as apostas estão com o RenovaBio, que pode gerar um novo ciclo investidor em um indústria cuja base produtiva já é mais direcionada para o o etanol.

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Roberto Hollanda Filho, presidente da Biosul, entidade que agrega usinas e destilarias do Mato Grosso do Sul, conversou com o Notícias Agrícolas para destacar o cenário do setor sucroalcooleiro no estado, que foi impulsionado a partir dos anos 2000.

Ele conta que, anteriormente, com o Próalcool, havia algumas unidades instaladas, mas eram produtores discretos. Contudo, em 2005, novas unidades começaram a produzir e o estado ganhou relevância no cenário nacional. Hoje, o Mato Grosso do Sul é o 4º produtor nacional de cana de açúcar, com destaque para a bioeletricidade.

Com a crise enfrentada pelo setor a nível nacional, quatro unidades foram perdidas e não existe perspectiva de instalação de novas, mas Hollanda Filho acredita que ainda há um grande potencial, caso seja revista a política brasileira para o setor do etanol. Na conversa, ele também salientou os esforços que vêm sendo feitos em torno do RenovaBio, programa que envolve uma série de agentes e pretende aumentar o consumo do combustível no país.

Por definição, o Mato Grosso do Sul produz mais etanol. Neste último ano, a geada também atrapalhou a produção de açúcar, fazendo com que o percentual do mix para o combustível fosse maior do que o esperado.

O consumo, por sua vez, não é forte: 88% do açúcar produzido é exportado para outros países, enquanto 85% do etanol é exportado para outros estados.

Ele avalia que o Brasil, que é importador estrutural de gasolina e etanol, poderá viver uma crise energética. Frente a tal ponto, uma retomada de crescimento do setor iria ao encontro das necessidades do país, acredita o ptesidente.

 

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Por:
Giovanni Lorenzon e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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