Chicago sem referência para soja por conta do feriado, mas na Ásia o dia foi positivo para os negócios

Publicado em 05/09/2022 17:22 e atualizado em 05/09/2022 17:57
Cristiano Palavro - Diretor da Pátria Agronegócios
Oferta consolidada nos EUA reduz influência sobre preços da soja em Chicago; demanda da China pode dar suporte às atuais cotações

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Chicago sem referência para soja por conta do feriado, mas na Ásia o dia foi positivo para os negócios

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O mercado da soja começa a semana sem a referência da Bolsa de Chicago diante do feriado do Dia do Trabalho nos EUA comemorado nesta segunda-feira (5). Os negócios contarão com uma semana mais curta, já que na quarta-feira (7), o feriado é no Brasil e a comercialização pouco deve evoluir. 

Um dos pontos de atenção, sem Chicago funcionar, foi o dólar em queda, terminando o dia com R$ 5,15 e baixa de 0,6% nesta segunda. 

"Tivemos um dia mais lento. A falta de Chicago deixou as empresas brasileiras, na sua grande maioria, fora do mercado, sem colocar preços em boa parte das principais praças do país. E sem Chicago, acabamos olhando para outros indicadores, como a Bolsa de Dalian, com boas altas para o complexo soja", explica o analista de mercado e diretor da Pátria Agronegócios, Cristiano Palavro.

Embora boas notícias venham do lado da demanda, principalmente com a China comprando de forma mais intensa nas últimas semanas, buscando cobrir sua necessidade de produto importado, aos poucos os traders vão virando suas bússolas para as notícias vindas da oferta. De um lado, a conclusão da safra dos Estados Unidos - que pode ser recorde - e de outro, o início da nova safra da América do Sul, com elevadas perspectivas. 

"Ainda é muito cedo para qualquer conclusão sobre a safra brasileira, mas só o aumento esperado na área já começa a colocar no radar a preocupação com uma safra bem maior do que vimos em 2021", explica Palavro. 

O clima ainda sinaliza alguns fatores de preocupação, principalmente com o La Niña ainda no radar - o que estende as preocupações para os países vizinhos do Brasil também - e, aos poucos, estas informações começam a entrar no radar dos mercados. 

"Ao que tudo indica, a janela de plantio vai correr sem grandes problemas - mas é claro que essas chuvas precisam se confirmar, os produtores precisam ter segurança para colocar suas sementes no chão. Mas, daqui pra frente as previsões mostram que, principalmente de dezembro até janeiro temos grandes probabilidades de ter chuvas abaixo da normalidade no sul do Brasil e na Argentina. Para novembro, as leituras vêm melhorando, mas novembro não é um mês de definição de safra. Mas, para dezembro e janeiro sim", diz. 

Enquanto isso, as vendas da nova safra de soja estão atrasadas no Brasil e o produtor continua reticente em avançar com as mesmas temendo passar pelos mesmos problemas que passou na temporada anterior. Os atuais patamares de preços resultam em margens mais baixas do que as de anos anteriores, porém, ainda dão renda e devem fechar as contas Ainda assim, o sojicultor segue na defensiva. 

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Por:
Aleksander Horta e Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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