Sem novidades, soja em Chicago está mais próxima de perder o piso de US$11,50/bushel que voltar para os US$12

Publicado em 07/12/2020 17:39 e atualizado em 07/12/2020 18:36
Vlamir Brandalizze - Analista de Mercado da Brandalizze Consulting
Brandalizze afirma que no curto prazo não há notícias fortes o suficiente para motivar altas muito intensas

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Entrevista com Vlamir Brandalizze - Analista de Mercado da Brandalizze Consulting sobre o Fechamento de Mercado da Soja

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Depois de perdas intensas registradas ao longo do pregão, o mercado da soja na Bolsa de Chicago foi amenizando suas perdas, testou algumas leves altas e encerrou o dia em campo misto. O janeiro e o março terminou com perdas de 4,50 e 2,50 pontos, valendo US$ 11,58 e o março a US$ 11,62 por bushel, enquanto o julho e o agosto fecharam com US$ 11,61 e US$ 11,41, subindo 0,75 e 1 ponto, respectivamente. 

Como explicou o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, os traders voltaram a observar importantes fundamentos de demanda, como os bons embarques norte-americanos reportados nesta segunda-feira (7) pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) - acima das expectativas - e das boas importações de soja pela China em novembro. 

Foram 9,59 milhões de toneladas, de acordo com dados da Administração Geral de Alfândegas da nação asiática divulgados nesta segunda-feira (7). Em novembro de 2019, as compras foram de 8,28 milhões de toneladas e em outubro de 2020, de 8,7 milhões de toneladas. Na variação mensal, o aumento das compras chega a 10,23%. 

Leia Mais:

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E com a demanda forte e os preços atrativos, "EUA e Brasil já venderam muito", como explica Brandalizze, e isso contribuiu para um equilíbrio das cotações. "Os fundamentos continuam positivos". Além disso, o melhor ambiente econômico internacional com o avanço das notícias sobre as vacinas em todo mundo também contribuiu neste início de semana. 

Sobre o clima na América do Sul, também permanece o monitoramento e, ainda segundo o consultor, deverá seguir influenciando o andamento dos preços até o início da colheita. E essas condições melhores acabam atuando não como um fator de pressão, mas como um limitador dos futuros da oleaginosa. 

Assim, Brandalizze afirma ainda que no curto prazo não há notícias fortes o suficiente para motivar altas muito intensas, porém, também sem espaço para quedas muitos agressivas na CBOT. A demanda chinesa está consolidada, bem coberta, e o cenário climático sul-americano já é conhecido. 

MERCADO BRASILEIRO

No Brasil, a segunda-feira foi de novas baixas para os preços no mercado disponível. As cotações vêm acumulando perdas expressivas no último mês refletindo uma liquidez limitada do mercado em função da pouca oferta, mas também pela baixa do dólar, que opera próximo dos R$ 5,10. Nesta primeira sessão da semana, a moeda americana terminou o dia com R$ 5,12. 

Assim, as perdas nas principais praças de comercialização variaram entre 0,28% - no Oeste da Bahia, onde a referência fechou com R$ 122,33 - e 8,67% - em Campo Grande/MS, levando a saca a R$ 137,00. As perdas foram generalizadas. 

"Os vendedores sumiram, tanto da safra velha, quanto da safra nova", relata Vlamir Brandalizze. Há pouco ainda restante da temporada 2019/20 e da safra 2020/21 muito já foi comprometido e há muita insegurança ainda em função da irregularidade climática. 

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Por:
Aleksander Horta e Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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