Lavouras de soja têm excelentes condições no PR, MS e MT, mas safra ainda não está consolidada
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Entrevista com Nivaldo Forastieri - Produtor Rural de Itambé/PR sobre as Realidades da Safra - SOJA
DownloadAté o momento, a situação está favorável para os sojicultores do norte do Paraná, norte de Mato Grosso do Sul e oeste de Mato Grosso mas a safra não está consolidada ainda, aguardando as próximas chuvas para encher os grãos. Nivaldo Forastieri, que é consultor em agronegócio e produtor rural em Itambé, no Paraná, tem familiares sojicultores no Mato Grosso do Sul, na região de Sonora, e em Mato Grosso, em Campo Novo do Parecis, contou ao Notícias Agrícolas o que viu nas áreas de soja e o que deve ocorrer nestas regiões nos próximos meses.
Ele conta que em novembro visitou as propriedades da família nestes locais, além de plantações de soja no oeste da Bahia, e relata que as áreas visitadas tiveram problemas no plantio, devido ao atraso nas chuvas.
Especificamente sobre a região de Itambé, ele afirma que a escassez de chuva no início da safra ajudou ao menos a afastar o risco de doenças fúngicas, mas que agora, com as chuvas masi regulares no estado, é preciso que o produtor fique atento às pulverizações, já que existem casos de ferrugem detectados no Paraná.
As chuvas regulares nesta época estão contribuindo para as lavouras, em estágio de enchimento de grão, que devem ser colhidos em 10 de fevereiro. "Tem tudo para ser uma boa safra, mas ainda temos que aguardar o mês de janeiro todo para ver como será o desempenho. A expectativa inicial é de 70 a 75 sacas por hectare", explica.
De acordo com Forastieri, o plantio em Itambé atrasou entre 15 e 20 dias por causa da escassez de chuva. "No começo ficamos muito preocupados porque as chuvas não ocorreram, houve produtores que plantaram no pó. Outubro e primeira semana de novembro choveu a conta gota", afirma.
O atraso no plantio da soja deve atrasar a safra do milho, diferente do que houve na safra passada, com o milho sendo colhido em janeiro.Um início mto preocupante.
Em Mato Grosso, na região de Campo Novo do Parecis, Forastieri conta que a situação do início de plantio da soja foi semelhante à vista no Paraná. As lavouras estão em boas condições, dentro da janela correta, na fase de enchimento de grão. "O que muda é o ciclo. Em Campo Novo vi soja de 90/100 dias, significa que eles vão colher dentro da janela ideal para o plantio do milho".
A expectativa para a área em Mato grosso é que a colheita da soja seja realizada na segunda quinzena de janeiro, com perspectiva de 60 a 65 sacas por hectare.
Já em Mato Grosso do Sul, na região de Sonora, teve alguns casos de replantio de soja, segundo ele, e a safra está um pouco mais atrasada que Mato Grosso e Paraná. "A lavoura lá está na fase mais vegetativa, fase de crescimento, de flor, e a previsão de colheita deles é para a segunda quinzena de fevereiro, talvez esticando para março. A situação está regularizada agora, chovendo melhor, mas as chuvas não são parelhas. Precisa ser bem distribuída a chuva, que é o mais importante", afirma.
-- "Em sonora ainda é muito cedo para falar em produtividade, temos boas lavouras, mas as chuvas não podem parar. Para eles, a chuva em janeiro é ainda mais importante".
No oeste da Bahia, mais especificamente na região de Luís Eduardo Magalhães, a situação é mais preocupante, porque em novembro cerca de metade da parea de soja já havia sido plantada, mesmo com a falta de chuva, e muitos produtores já estavam se preparando para o replantio. "Porém, quando voltei para o Paraná, foi uma semana que deu uma chuva geral, e como eles têm capacidade de plantio grande, devem ter acelerado o plantio, mas hoje não tenho informações atualizadas", afirma.
Confira as imagens das lavouras de soja na região de Itambé/PR
Fotos:Nivaldo Forastieri - Produtor Rural de Itambé/PR
3 comentários
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Andre Luis Mariani
CHEGA A SER FALTA DE RESPONSABILIDADE UM COMENTÁRIO DESTES, IGNORAR TODA A DIFICULDADE DO INICIO DA SAFRA, ATRASOS GERAIS, O ÍNDICE DE REPLANTIO, É MUITO TENDENCIOSO !
elcio sakai vianópolis - GO
Estimativa de produtividade de soja anual sempre será alta..., imaginem se vendêssemos a ideia de quebra e de incertezas na cultura da soja??!!. O caos iria se instalar e todos os produtores que plantam soja iriam querer se adaptar à nova situação da agricultura brasileira. Pras firmas venderem seus produtos (defensivos, adubos, sementes, implementos, tecnologias, etc), tem que mostrar que a agricultura dá muito retorno financeiro pros agricultores, mesmo que seja no papel. O custo de uma lavoura de soja está alto, independente se estivermos no sul do Rio Grande do Sul ou se estivermos no Norte de Roraima, esse custo tem pouca margem de manipulação ou maquiagem..., já na produção agrícola há uma variação enorme, um leque gigantesco e cheio de oportunidades pra quem quiser manipula-los. Lembrem que tem produtores que preferem viver na utopia das mídias, do que aceitar a própria realidade. Se a média de produtividade no seu estado estiver variando em torno de 55 sacas de soja por hectare, qualquer notícia acima disto é pura manipulação. Não tirando os créditos de quem produz seus 60,70,80,90,100 sacas de soja por hectare.
Luiz Alfredo Viganó Marmeleiro - PR
O otimismo na produtividade é que chama a atenção, 75 sacas por hectare não é para qualquer região produtora. Itambé com certeza se destaca em produtividade em todo Brasil!!
75 sacas, senhor! Nao se pode nem cogitar em reclamar no globo rural????????
estou humilhado pelos Itambeienses da soja.