Região de Santo Ângelo/RS sofre com fortes chuvas e já teve casos de até dois replantios de soja

Publicado em 18/12/2018 09:52
Claudio Duarte - Diretor da Farsul
Alto índice de chuvas na região gerou problemas no desenvolvimento das lavouras de soja com replantios e 2 casos de ferrugem confirmados pelo Consórcio Antiferrugem. Produtores devem ter dificuldade para fechar a conta com expectativa de produtividade menor que as 60/62 sacas da safra passada.

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Entrevista com Claudio Duarte - Diretor da Farsul sobre o Acompanhamento de Safra da Soja

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O plantio de soja na região de Santo Ângelo (RS) já se encerrou, e algumas áreas tiveram inclusive que realizar o replantio devido à grande incidência de chuvas. Em determinadas localidades esse replantio já teve que acontecer duas vezes e a produtividade deve ficar abaixo da registrada na safra passada que foi entre 60/62 sacas por hectare.

“Tivemos situações de chuvas concentradas entre 140 e 200 milímetros e isso fez alguns produtores terem que fazer o replantio em alguns pedaços de sua área e outros em toda a área novamente. São casos isolados e não podemos generalizar esses casos para a nossa região. Eu acredito que essas áreas vão depender muito do clima de agora para frente para poder chegar nessa média novamente”, conta Cláudio Duarte, diretor da Farsul.

O aumento nas chuvas também propicia maior surgimento de doenças como a ferrugem asiática que, segundo dados do Consórcio Antiferrugem, já está confirmada em 26 casos no estado do Rio Grande do Sul e em 2 focos na cidade de Santo Ângelo. “Tivemos duas lavouras que fizeram o plantio na metade de setembro que não é muito típico em nossa região. Geralmente os plantios aqui começam em 25 de outubro e foi nessas sojas mais precoces que ocasionaram a ferrugem”, diz Duarte.

Até o momento, cerca de 30 ou 35% da produção já foi negociada antecipadamente para os produtores tentarem travar os custos de produção. O restante aguarda o desenvolvimento da safra e do mercado, que hoje apresenta preços entre 70 e 75 reais a saca. “O mercado regula muito os preços. Nós sabemos que tem uma situação complicadíssima de seca no Paraná e no Paraguai e tudo isso vai influenciar no mercado internacional da soja e fazer com que esses preços se modifiquem mais lá na frente”, comenta o diretor Farsul.

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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