Chuvas na região de Sorriso (MT) preocupam produtores que precisam aplicar defensivos na soja

Publicado em 06/12/2018 10:23
Luimar Gemi - Diretor do Sindicato dos Produtores Rurais Sorriso/MT
Mesmo sem casos registrados de ferrugem na região, produtor se preocupa com a sanidade da lavoura que deve registrar produtividade de 60 sacas por hectare. 50% da soja já foi negociada com antecedência e preços na cidade giram em torno de R$ 64,00.

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Entrevista com Luimar Gemi - Diretor do Sindicato dos Produtores Rurais Sorriso/MT sobre o Acompanhamento de Safra da Soja

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A região de Sorriso no estado de Mato Grosso tem registrado muitas chuvas, o que vem atrapalhando os produtores rurais que não conseguem realizar os tratos preventivos nas lavouras de soja da maneira correta.

“Nos últimos dias temos tido bastantes chuvas e pouca luminosidade. Isso é preocupante pois temos muitas lavouras em fase de enchimento de grãos e o clima tem dificultado que o produtor faça o acompanhamento de perto das plantas. Esses períodos chuvosos dificultam as aplicações, até porque é preciso ter um tempo sem chuva para a planta absorver os produtos. Os produtos estão bastante atentos as previsões e se ajudando muito para fazer as aplicações que sempre são feitas de maneira preventiva”, conta Luimar Gemi, diretor do Sindicato dos Produtores Rurais de Sorriso (MT).

Assim como em outras regiões do país, os produtores locais estão enfrentando problemas com a alta do dólar que eleva o custo de produção e apreensões na questão de tabelamento do frete. Sendo assim, a produtividade é quem vai definir se o produtor terá lucro ou prejuízo na safra. “Os agricultores sempre pensam em produzir mais e ser melhores do que o ano anterior. Os produtores tem buscado maquinas melhores, habilitado suas equipes de trabalho e colaboradores, ano a ano, evoluindo nesse sentido. Quando há aumento no custo ou retração do nosso produto no mercado precisamos produzir mais para fechar a conta. Estamos com o pensamento em atingir no mínimo a mesma produção do ano passado que foi acima de 60 sacas por hectare dentro dos 600 mil hectares que temos em Sorriso”, diz Gemil.

Segundo o diretor do sindicato, as vendas antecipadas neste ano estão menores do que o normal para a região, mas quem conseguiu vender mais cedo conseguiu preços melhores. “O produtor que não teve a oportunidade de fazer uma venda futura está enfrentando problemas com o preço. A região de Sorriso tem tradição de vender antecipado para garantir os custos da lavoura e trabalha em torno de 40 a 60% de vendas antecipadas. Esse ano estamos mais próximos dos 40%, já que o ano todo os preços futuros não estavam tão atraentes. Hoje o mercado está retraído em função do final de ano que é um período em que muitas empresas param as compras. Para quem tem soja disponível ainda encontra o preço entre 63 e 64 reais, que é o mesmo patamar previsto para janeiro”.

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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