China promete prospectar soja na região asiática na tentativa de reduzir dependência dos EUA; segue a guerra comercial

1 comentário

• luis fernando marasca fucks Giruá - RS 27/06/2018 10:14

  Tenho levantado um assunto de suma importancia para o Brasil, mas que encontra pouco eco no setor da soja e outros do agro: o desenvolvimento da fronteira agrícola da África pela China. Primeiramente, por uma questão de logística, o litoral leste da África está a 10 mil km de Hong Kong. O Litoral Oeste, em Angola, por exemplo, fica a 15 mil km, enquanto o porto de Rio Grande, a 18 mil km. Com a construção de uma ferrovia pelos Chineses (coisa que já vem acontecendo naquele continente) de aproximadamente 2500 km, a partir do centro de Angola, os asiáticos estarão a 6500 km a menos de distância marítima. Mais grave ainda é a imensidão da África, com disponibilidade de terras boas e em grande quantidade. Apesar dos problemas políticos e do subdesenvolvimento, não vejo outra nação capaz de colocar "ordem" nesse continente (claro que a sua maneira) além dos chineses. A China detém tecnologia de produção, capacidade de produzir equipamentos e disponibilidade de recursos humanos, haja visto sua população de mais de 1,6 bilhão de habitantes. Portanto, enquanto mal conseguimos tratar de questões domésticas , como construir uma estrada, uma ferrovia ou mesmo dragar um porto, pela mais pura falta de soberania e desorganização, a África será domada e desenvolvida pela China. Esse processo já está em andamento e vemos as guerras comerciais com o EUA como uma precipitação de algo inevitável: a necessidade da China conquistar espaço e segurança alimentar. O novo mercado para os seus produtos manufaturados (e muito provavelmente de alimentos também) é o oriente, a região mais populosa do mundo, onde está a Ásia. O próprio continente Africano precisa de mais comida, quando atingirá um bilhão de habitantes por volta de 2050. O "One Belt, One Route" e o "Colar de Pérolas", bem como as bases militares instaladas no mar do Sul da China são a explicita demonstração dessa intenção hegemônica na região. Já estamos atrasados e caso não ocorram drásticas mudanças na maneira de conduzir o país, principalmente no que diz respeito a competitividade da soja, estaremos enfrentando uma concorrência nunca antes vista, em poucos anos e quem sabe, em um tempo inferior a uma década! Fica alerta, pois precisamos repensar muita coisa. Luis Fernando Marasca Fucks, Pres. da Aprosoja RS.

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  • Elton Szweryda Santos Paulinia - SP 27/06/2018 15:55

    Luiz, você se esqueceu que os governos da Africa são completamente instáveis, não inspiram nenhuma confiança e revolução em cima de revolução, politicas tribais, islâmicas. Se isso tudo for resolvido você teria toda a razão!!!

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  • Edmeu Levorato Uberaba - MG 28/06/2018 12:04

    E voce se esqueceu que a China é uma grande potência militar, capaz de por ordem na desordem africana. Basta eles decidirem, já que os americanos não estão nem aí para a África.

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  • Elton Szweryda Santos Paulinia - SP 28/06/2018 15:44

    Edmeu, voce se esqueceu quem manda no mundo, ainda bem que sao eles USA, e que desestiram da africa porque lá nao vai mesmo. Mas se uma força estrangeira, exemplo china, se meter por lá, a coisa pega. Lembra da URSS

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  • Miguel Biegai Jr Genebra - Switzerland 29/06/2018 13:56

    África é terrivel, gente. Milhares de anos de rivalidades tribais, étnicas e religiosas. A China vai se enfiar numa fria, isso sim.

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