Soja convencional sem prêmio, mais uma vez produtor é punido pela sua eficiência
Nesta terça-feira (08), o presidente da Aprosoja Brasil, Marcos da Rosa, que se despede do cargo nesta noite, conversou com o Notícias Agrícolas sobre a falta de perspectiva de prêmios para a soja convencional, bem como realizou um balanço de sua administração e dos próximos caminhos a serem seguidos em prol do agronegócio brasileiro.
Rosa, que é produtor de soja, conta que essa variedade foi colhida em março e que está, agora, estacionada nos bolsões das fazendas, já que não há negócio hoje. O Mato Grosso ampliou a área de soja convencional de 7% para 13% inspirados na demanda do mercado internacional - especialmente, o europeu - mas não encontram para quem vender.
Ele, assim, decidiu não plantar mais a soja convencional na próxima safra, embora essa seja uma estratégia para baratear os custos de produção e ter um equilíbrio de mercado, mas há "um limite de contratos para a Europa".
Próximos passos
Hoje, às 20h, o atual vice-presidente da Aprosoja Brasil, Bartolomeu Braz, irá assumir o cargo da presidência no lugar de Rosa. Ele conta que o mandato de dois anos prevê reeleição, mas que adota uma postura contra essa estratégia, de forma que abdicou dessa concorrência.
O então presidente também foi eleito diretor do Instituto Pensar Agro e é um dos vice-presidentes da FAMATO, de forma que, até o final do ano, esses cargos farão parte de sua missão para continuar dentro das atividades e das necessidades da agropecuária.
1 comentário
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Caro amigo Marco, pode ser uma situação pontual (Soja convencional sem prêmio, mais uma vez produtor é punido pela sua eficiência)... Considere que os prêmios para a soja americana em geral estiveram muito abaixo dos prêmios para a soja brasileira. Eles também exportam non-GMO. Mas sem dúvida, é da maior importância dimensionar os mercado (o que também não fazemos para a soja GMO). Tenho alertado que os produtores precisam ganhar conhecimento sobre os mercados consumidores da nossa produção de soja. Pouco ou nada adianta ficar falando sobre quanto vamos produzir, aliás isto até funciona contra os produtores. Grande abraço